Curitiba - "Shalashides" - O Beit Chabad tem alegria em comunicar que a partir desta semana teremos nosso "Shalashides" com hering e outras iguarias gostosas quando cantaremos juntos tocantes melodias em hebraico, yiddish e português. Logo após faremos a cerimônia de Havdalá, para encerrar o Shabat e teremos uma mensagem semanal inspiradora do Rebe (em vídeo).
Não perca, na tarde de sábado, das 17h30 às 19h!
Shabat Shalom!
Beit Chabad de Curitiba
Seudá Shelishit
A terceira refeição do Shabat, conhecida como Seudá Selishit (Terceira Refeição) ou “Shaleshides” (corruptela de “Shalosh Seudot” – três refeições), é a mais espiritualizada das três, normalmente realizada na sinagoga, no fim da tarde de Shabat, iniciando-se antes do pôr-do-sol. É o auge da alevação do Shabat, como a Neilá de Yom Kipur, que é a oração de conclusão, momento de melodias e ensinamentos que tocam a alma. A Cabalá explica que esta refeição reflete o estado de espiritualidade no qual o mundo estará na época de Mashiach.
Enquanto muitos costumam fazer uma refeição completa, com duas chalot e alguns acompanhamentos, estendendo a Seudá Shelishit até depois do anoitecer, há quem sirva algo leve, como bolos, confeitados (“mezonot”), carne, peixe ou pelo menos frutas – neste caso, é preciso concluir a refeição antes do pôr-do-sol.
A Cabalá de Havdalá
É interessante lembrar que introduzimos a chegada do Shabat e do Yom Tov com “velas”, enquanto damos início aos dias da semana com “tochas”. Shabat e Yom Tov, que já são dias sagrados e iluminados, só precisam da luz suave das velas.
No entanto, quando nos defrontamos com uma nova semana, sem a espiritualidade do Shabat ou do Yom Tov, não basta a suave luz de velas: é preciso ter a luz de tochas para iluminar e elevar espiritualmente também o que não é sagrado, a escuridão do mundo material que estamos por enfrentar. As trevas da semana, com seus problemas e desafios, são dissipadas pela luz da tocha da Havdalá.
Isto explica também por que justamente na Havdalá fazemos questão de iluminar as unhas, ou seja, dobramos os quatro dedos sobre o polegar e observamos o reflexo da luz da Havdalá sobre as unhas. As unhas são uma parte do nosso corpo que segue crescendo a vida toda, e este seria o seu lado positivo: a idéia de crescimento contínuo.
Por outro lado, a unha é desnecessária e descartável (inclusive é mitsvá cortá-la antes do Shabat), e é lá que se acumula a sujeira; é com as unhas que se pode prejudicar os outros (e até a si mesmo), de modo que a unha também personifica as impurezas prejudiciais da materialidade.
Ao iluminar as unhas dos quatro dedos, lembramos de que através das nossas mitsvot e do estudo da Torá levamos a luz Divina e iluminamos até o mais baixo nível da Criação, onde se encontra o mal, passando por todos os níveis da Criação, os quatro mundos de Atsilut (emanações Divinas, sefirot), Beriá (almas), Yetsirá (anjos) e Assiá (mundo da ação), que correspondem às quatro letras do inefável Tetragrama (o Nome Divino de quatro letras) que lhes dá origem.