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Diz o Talmud: "Assim como se aumenta a alegria quando entra o mês de Adar, assim se reduz a alegria quando entra o mês de Av." Existe uma interpretação de que os verbos, aumentar e reduzir, relacionam-se ao mês, e não à alegria. Ou seja: "Com a alegria podemos aumentar as venturas de Adar e reduzir as calamidades de Av." Isto é expresso na Lei Judaica que permite comer carne e beber vinho quando o final de um tratado talmúdico é realizado e este fato é sempre comemorado com alegria, mesmo nos primeiros nove dias de Av, quando estes alimentos são normalmente proibidos devido ao luto.
O mês de Av [pai] é denominado Menachêm [que consola] Av. Simplesmente, isto representa uma prece, de que D’us, nosso Pai nos console e traga a reconstrução do Templo. Mas uma vez que Menachêm precede Av surgiu uma explicação mais profunda, ou seja, que nós, os filhos, consolamos o Pai. Esta idéia será entendida de acordo com o dito de nossos sábios que, após a destruição do Templo, D’us disse sobre Si mesmo: "Ai do Pai que exilou Seus filhos e ai dos filhos que foram exilados da mesa de seu Pai."
O Shabat que antecede Tish’á Beav é denominado Shabat Chazon, pois nele é lida a Haftará, [trecho dos Profetas relacionado com a porção semanal da Torá] que se inicia com as palavras "Chazon [a visão de] Yesha’yáhu". Rabi Levi Yitschac de Berditchev explicou, por meio desta parábola, que neste Shabat é mostrada a cada judeu uma visão do Terceiro Templo.
E eu, Daniel, sozinho tive a visão, mas as pessoas que estavam comigo não a viram; mesmo assim um grande terror se abateu sobre elas, e fugiram para esconder-se. (Daniel 10:7)
Mas se eles não tiveram a visão, por que ficaram aterrorizados? Porque embora eles mesmos não vissem, suas almas viram. (Talmud, Tratado Meguilá 3a)
No nono dia do mês de Av (Tish'á Beav) jejuamos e lamentamos a destruição do Templo Sagrado em Jerusalém. Tanto o Primeiro Templo (833-423 AEC) como o Segundo Templo (353 AEC-69 EC) foram destruídos nesta data. O Shabat que antecede o dia de jejum é chamado o "Shabat da Visão," pois neste Shabat lemos um capítulo dos Profetas, intitulado "A Visão de Yeshayáhu." [1]
Porém há também um significado mais profundo para o nome "Shabat da Visão," expresso pelo mestre chassídico Rabi Levi Yitschac de Berditchev [2] com a seguinte metáfora:
Um pai certa vez preparou um lindo conjunto de roupas para o filho. Porém a criança negligenciou o presente do pai e logo o terno estava em frangalhos. O pai deu ao filho um segundo jogo de roupas, mas este também foi arruinado pelo descuido do menino. Então, o pai comprou um terceiro conjunto. Desta vez, entretanto, escondeu-o do filho.
De tempos em tempos, em épocas especiais e oportunas, ele mostra o terno ao filho, explicando que quando o menino aprender a valorizar e tomar os devidos cuidados com a roupa, ela lhe será dada. Isso induz a criança a melhorar seu comportamento, até que gradualmente isso se torne uma segunda natureza - quando então será merecedora do presente dado pelo pai.
No "Shabat da Visão" - diz Rabi Levi Yitschac, a todos e a cada um de nós é concedida uma visão do Terceiro Templo - o final - uma visão que, para parafrasear o Talmud, "embora não vejamos por nós mesmos, nossa alma vê." Esta visão evoca uma profunda reação em nós, mesmo se não estivermos plenamente conscientes da causa de nossa súbita inspiração.
A morada Divina
O Templo Sagrado em Jerusalém era o assento da presença manifesta de D'us no mundo físico.
Um dogma básico de nossa fé é que "Toda a terra está repleta com Sua presença" [3] e "Não há lugar sem Ele." [4] Mas a presença de D'us e o envolvimento em Sua criação são mascarados pelas obras aparentemente arbitrárias e independentes da natureza e da história. O Templo Sagrado foi um brecha nesta máscara, uma janela através da qual D'us irradiou Sua luz para o mundo. Aqui o envolvimento de D'us em nosso mundo foi demonstrado abertamente por um edifício, no qual milagres eram uma parte "natural" de seu funcionamento diário [5], e cujo próprio espaço expressava a infinidade e a completa difusão do Criador. [6] Aqui D'us mostrava-se ao homem, e o homem apresentava-se a D'us. [7]
Por duas vezes recebemos o presente de uma morada Divina em nosso meio. Duas vezes deixamos de nos mostrar merecedores deste presente, e banimos a presença Divina de nossa vida.
Portanto, D'us construiu-nos um terceiro templo. Diferente dos anteriores, de construção humana e portanto sujeitos a degradação por causa das falhas humanas, o Terceiro Templo é tão eterno e invencível quanto seu Arquiteto. Mas D'us ocultou de nós este "terceiro conjunto de roupas," confinando sua realidade a uma esfera celestial, mais elevada, além da visão e da vivência de nosso ser terreno.
A cada ano, no "Shabat da Visão," D'us nos mostra o Terceiro Templo. Nossa alma contempla uma visão de um mundo em paz consigo mesmo e com seu Criador, um mundo repleto de conhecimento e de consciência de D'us, um mundo que percebeu seu potencial Divino para a bondade e a perfeição. É uma visão do Terceiro Templo no céu - em seu estado espiritual - como o terceiro jogo de roupas da analogia, que a criança vê mas não pode ter. Mas é também uma visão com uma promessa: uma visão de um templo celestial suspenso para descer à terra, uma visão que nos inspira a corrigir nosso comportamento e apressa o dia em que o Templo espiritual tornar-se-á realidade concreta.
Através destas visões repetidas, viver na Divina Presença torna-se mais e mais uma "segunda natureza" para nós (como disse Rabi Levi Yitschac em sua analogia), elevando-nos progressivamente ao estado de merecimento para vivenciar o Divino em nossa vida.
A casa individualizada
As metáforas de nossos Sábios continuam a nos falar muito depois do ponto principal de sua mensagem ter sido assimilado. Sob a superfície do significado mais óbvio da metáfora está camada após camada de significado, onde cada detalhe da narrativa é importante.
O mesmo aplica-se à analogia de Rabi Levi Yitschac. Seu significado básico é claro, mas muitas percepções sutis estão envoltas em seus detalhes. Por exemplo: Por que, poderíamos perguntar, os três Templos são representados como três jogos de roupas? O exemplo de um edifício ou casa [8] não teria sido mais apropriado?
A casa e a roupa - ambas "abrigam" e contêm a pessoa. Mas a roupa o faz de modo muito mais pessoal e individualizado. Embora seja verdade que as dimensões e o estilo de uma casa refletem a natureza de seu ocupante, fazem-no de maneira mais generalizada - não tão especificamente e intimamente como uma roupa envolve quem a veste.
Por outro lado, a natureza individual das roupas limita suas funções ao uso pessoal. Uma casa pode abrigar muitas pessoas; uma roupa, apenas uma. Posso convidá-lo a ir à minha casa, mas não posso compartilhar minha roupa com você: mesmo se eu a der a você, não irá vestir-lhe tão bem quanto a mim, pois "serve" apenas a meu corpo.
D'us escolheu revelar Sua presença em nosso mundo em uma "morada" - uma estrutura comunal que vai além do pessoa, para abraçar um povo inteiro e toda a comunidade do homem. [9] Mesmo assim o Templo Sagrado em Jerusalém também tinha alguns aspectos semelhantes ao da roupa. São estes aspectos que Rabi Levi Yitschac deseja enfatizar quando retrata o Templo Sagrado como um conjunto de roupas.
Pois o Templo Sagrado foi também uma estrutura altamente compartimentalizada. Havia um "Pátio das Mulheres" e um pátio reservado para os homens, uma área restrita aos cohanim (sacerdotes), um "Santuário" (hechal) impregnado de uma santidade maior que a dos "pátios," e o "Santo dos Santos" - uma câmara na qual apenas o Sumo Sacerdote podia entrar, e somente em Yom Kipur, o mais santo de todos os dias do ano. O Talmud enumera oito áreas de santidade variada dentro do complexo do Templo, cada qual com sua função e propósito distinto. [10]
Em outras palavras, embora o Templo expressasse uma única verdade - a presença toda penetrante de D'us em nosso mundo - assim o fazia para cada indivíduo de forma personalizada. Embora fosse uma "casa" no sentido em que servia a muitos indivíduos - na verdade o mundo todo - como seu ponto de encontro com o infinito, todo e cada indivíduo o considerava uma "roupa" sob medida para suas necessidades espirituais, segundo seu relacionamento pessoal e íntimo com D'us.
A cada ano, no Shabat que antecede Tish'á Beav, temos uma visão de nosso mundo como um lar Divino - um local onde todas as criaturas de D'us sentirão Sua presença. Mas esta é também uma visão de uma "roupa" Divina - o relacionamento nitidamente pessoal com D'us, que serve especialmente a nosso caráter e aspirações individuais, que cada um de nós irá desfrutar quando o Terceiro Templo descer à terra. [11]
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[1] - Yeshayáhu 1:1-27. Esta leitura é a terceira de uma série de leituras, chamada os "Três de Admoestação," que são lidas nos três Shabatot que precedem o Nove de Av.
[2] - 1740-1810.
[3] - Yeshayáhu 6:3.
[4] - Ticunei Zôhar, Ticun 57.
[5] - Ética dos Pais 5:5.
[6] - O Talmud (Tratado Yoma 21a) relata que o Templo e seu mobiliário desafiavam a característica mais fundamental dos objetos físicos - que eles ocupam espaço - pois "O espaço da Arca não fazia parte das medidas." O Santo dos Santos media 20 cúbitos (aprox. 9,5 metros) por 20 cúbitos; a Arca que ficava no centro media 2,5 x 1,5 cúbitos; porém a distância entre cada uma das paredes externas da Arca às paredes da câmara era de uns bons 10 cúbitos. Em outras palavras, a Arca, embora fosse um objeto físico com dimensões espaciais, não ocupava espaço algum no aposento.
[7] - Shemot 23:17, e pelo Talmud, San'hedrin 4b.
[8] - Conforme a analogia dada pelo Midrash.
[9] - A "morada" também representa "um lugar que abriga a própria essência da pessoa".
[10] - Talmud, Kelim 1:6.
[11] - Baseado nas palestras do Rebe em Shabat Chazon, 5742 (1982) e 5744 (1984), (Licutei Sichot, vol. XXIX, págs. 18-25).
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Legenda
1. Portão Oriental do Pátio das Mulheres. Todos os portões do Templo mediam 9,6m de altura por 4,8m de largura.
2. Muro do Pátio das Mulheres, com 19,2m de altura.
3. Pátio das Mulheres, com 64,8 x 64,8m.
4. Galeria superior reservada às mulheres que vinham assistir às celebrações festivas no Templo em Sucot.
5. Degraus para as galerias.
6. Pequeno Tribunal. Comportava 23 juízes.
7. Câmara da Madeira, onde a madeira para o altar era guardada e examinada em busca de vermes.
8. Câmara dos Nazaritas, usada para preparar oferendas trazidas pelos nazaritas e cortar seu cabelo.
9. Câmara dos Leprosos. Esta sala tinha um micve para banho ritual dos leprosos.
10. Câmara do Azeite, onde eram armazenados azeite, vinho e farinha.
11. Câmara das Harpas. Duas salas sob o Pátio dos Israelitas onde eram guardados os instrumentos musicais.
12. Quinze degraus para o Pátio do Templo. Aqui os Levitas ficavam em pé e cantavam e tocavam os instrumentos durante as celebrações festivas de Sucot.
13. Portão de Nicanor. Todas as portões do Templo eram folhadas a ouro, exceto os portões de Nicanor, que eram de bronze.
14. Pátio dos Israelitas, com 64,8 x 5,28m.
15. Câmara de Pinechás, o Alfaiate. Nesta sala, com 96 armários, eram preparadas e guardadas as roupas dos sacerdotes.
16. Câmara dos Padeiros. Nesta sala era preparada a oferenda diária do Sumo Sacerdote feita de farinha. Metade era oferecida pela manhã e o restante à tarde.
17. Tablado com três degraus onde os Levitas cantavam e tocavam instrumentos na hora de oferendas diversas. Ficavam de frente para o Santuário, de costas para o povo. O espaço a partir deste Tablado até o Altar era chamado Pátio Sacerdotal.
18. Câmara das Pedras Talhadas. Aqui ficava o Tribunal Supremo de 71 juízes, a mais alta autoridade da Lei Judaica na Terra Santa. Aqui também eram sorteadas e distribuídas as funções dos sacerdotes.
19. Câmara dos Assessores. Nesta câmara, o Sumo Sacerdote morava durante sete dias antes de Iom Kipur - o Dia do Perdão.
20. Câmara do Cântaro. Nesta sala havia um poço, de onde se retirava água para usar no Pátio do Templo.
21. Câmara do Sal, onde era armazenado o sal das oferendas.
22. Câmara do Couro, onde era curtido o couro das oferendas dos animais. Na cobertura desta sala ficava um micve usado pelo Sumo Sacerdote no Dia do Perdão.
23. Câmara de Lavagem, onde eram lavados as tripas dos sacrifícios.
24. Abatedouro.
25. Oito colunatas. Nos ganchos destes pilares eram pendurados os animais, após o abate, para que sua pele fosse tirada.
26. Oito mesas de mármore para a lavagem das oferendas.
27. Vinte e quatro anéis afixados no chão, onde as patas dos animais eram amarradas durante o abate.
28. O Altar media 15,36 x 15,36m na base e 4,64m de altura. Seu local e tamanho tinham de ser precisos. Com a terra deste local, D'us criou Adão e, exatamente neste local, o Patriarca Abraão ofereceu seu filho Isaac.
29. Rampa principal no lado sul do Altar.
30. Pequena rampa do lado direito da rampa principal. Esta rampa ia do piso até o parapeito do Altar.
31. Pequena rampa do lado esquerdo da rampa principal. Esta rampa ia do parapeito do Altar até o piso.
32. Lavatório e base com 12 torneiras. Diariamente, os Sacerdotes lavavam as mãos e os pés com a água deste lavatório antes de iniciar o serviço do Templo.
33. Mesa de Prata para colocar os utensílios usados pelos Sacerdotes.
34. Mesa de Mármore para colocar os cortes das oferendas.
35. Casa da Lareira. Uma imensa sala abobodada onde os Sacerdotes se aqueciam. Sentiam frio, pois trabalhavam descalços sobre o chão de pedra. Nas paredes, foram construídos beliches para os Sacerdotes que passavam a noite no Templo. As chaves dos portões do Pátio do Templo eram guardadas ali, todas as noites, num cofre no chão coberto por uma laje de mármore. Nesta área, havia quatro câmaras menores (36 a 39).
36. Câmara da Lareira, onde havia uma lareira e degraus para a passagem subterrânea que levava ao micve e para os lavatórios.
37. Câmara do Armazenamento das Pedras do Altar, onde foram guardadas as pedras do Altar profanadas pelos sírios, no período de Chanucá.
38. Câmara das Ovelhas. Ovelhas sem defeitos eram mantidas de prontidão para a oferenda diária.
39. Câmara dos Pães da Proposição, onde eram assados os 12 pães.
40. Portão da Lareira.
41. Portão das Oferendas, por onde eram trazidas várias oferendas.
42. A Casa da Centelha ficava sobre do Portão da Centelha onde havia uma torre de guarda.
43. Portão da Centelha.
44. Muros do Pátio do Templo, com 19,2m de altura.
45. Portão da Lenha, por onde a madeira para o Altar era trazida.
46. Portão dos Primogênitos, por onde eram trazidas as oferendas de animais primogênitos.
47. Portão de Água. Por este portão, água era trazida para o Templo para a cerimônia de despejar água na festa de Sucot.
48. Câmara de Avtinus, onde era feito o incenso. Esta sala recebeu o nome da família de Sacerdotes, Avtinus, que preparava as especiarias. No andar de cima, tinha uma sala do Sumo Sacerdote.
49. Micve acima do Portão de Água usado pelo Sumo Sacerdote em sua primeira imersão no Dia do Perdão.
50. Terraço próximo ao micve.
51. Pilar de bronze Iachin.
52. Pilar de bronze Boaz.
53. Doze degraus para o Edifício do Templo. Os Sacerdotes ficavam nestes degraus quando recitavam diariamente a Bênção Sacerdotal.
54. Janelas do Edifício do Templo. Estas janelas eram largas por fora e estreitas por dentro.
55. Em forma de trapézio, o edifício do Templo tinha 48 x 48m no ponto central; era mais largo na frente e mais estreito atrás. A altura era também de 48m.
56. Contornando a cobertura do Edifício do Templo foi construída uma mureta. E por cima desta platibanda colocaram lanças para afastar os pássaros da beirada.
Vista do edifício do Templo Sagrado
Legenda57. Entrada do Grande Vestíbulo do Edifício do Templo. Esta entrada media 19,2m de altura por 9,6m de largura. Bem no alto, havia uma luminária de ouro.
58. Mesa de mármore, onde ficavam os Pães das Proposições antes de ser colocados na mesa de ouro dentro do Santuário.
59. Mesa de ouro, onde os Pães das Proposições eram colocados após retirados do Santuário.
60. Salas das Facas de Abate, onde os sacerdotes mantinham suas facas de abate.
61. Uma rampa estendia-se do lado norte, dando a volta até o lado sul, onde havia uma escada que dava acesso ao sótão do Santuário. Quando era necessário consertar algo no Santo dos Santos, operários eram baixados em caixas pelas aberturas no chão do sótão. Estas eram abertas na frente para que os operários fizessem os consertos sem ver o restante da sala mais sagrada.
62. Trinta e oito compartimentos. Quinze do lado norte, quinze do lado sul e oito do lado oeste.
63. Vão para captação de águas pluviais da cobertura do santuário.
64. Portão do Santuário Interior. O portão tinha dois conjuntos de portas, em cada extremidade da parede. Adicionalmente, havia duas portas menores, uma em cada lado do portão do Santuário, sendo que a do lado esquerdo sempre ficava fechada. Defronte ao portão, estava dependurada uma videira de ouro, para a qual as pessoas doavam novas folhas e cachos.
65. O Santuário Interior media 19,2m de comprimento x 9,6m de largura e 19,2m de altura.
66. Mesa de Ouro com os doze Pães das Proposições, colocados semanalmente sobre ela.
67. Altar de Ouro, sobre o qual era oferecido o incenso.
68. Menorá, Candelabro de Ouro de sete braços, acesa diariamente.
69. Duas cortinas que separavam o Santuário Interior do Santo dos Santos, com um pequeno espaço entre elas.
70. O Santo dos Santos media 9,6 x 9,6m e 19,2m de altura. Apenas o Sumo Sacerdote entrava no Santo dos Santos, e somente no Dia do Perdão. A Arca da Aliança, contendo as Tábuas com os Dez Mandamentos, ficava lá. A Arca foi escondida antes da destruição do Primeiro Templo para evitar que caísse em mãos inimigas.
(fonte: chabad.org.br)
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A 12 de Tamuz de 1927, o sexto Rebe de Lubavitch, Rabi Yossef Yitschac Schneersohn, foi oficialmente liberado de sua sentença de exílio a Kastroma no interior da Rússia. Vinte e sete dias antes, o Rebe fora preso por agentes da GPU e da Yevsektsia ("Seção Judaica" do Partido Comunista) por suas atividades de preservar o judaísmo por todo o império soviético e sentenciado à morte. A pressão internacional forçou os soviéticos a comutarem a sentença para exílio e, em seguida, a libertá-lo por completo.
A liberdade em si ocorreu em 13 de Tamuz, e 12 -13 de Tamuz é celebrado como "uma festa da libertação" pela comunidade Chabad-Lubavitch. 12 de Tamuz também é o aniversário de Rabi Yossef Yitschac.
Download (em PDF) Diário da Prisão do Rebe
Uma Breve Biografia
Rabi Yossef Yitschac Schneersohn 5640-5710 (1880-1950)
Rabi Sholom Dovber, quinto líder do crescente Movimento Chabad, estava constantemente atarefado pelo crescente número de reuniões públicas, conferências e importantes convocações rabínicas às quais precisava comparecer.
O desfile interminável de delegações chassídicas, pessoas buscando seu conselho primeiras e orientação, a necessidade de supervisionar e instruir seus seguidores, além de sua necessidade pessoal de estudo bíblico e chassídico, ocasionavam mais e mais interferências em seus dias de trabalho, que já se esticavam desde o início da manhã até tarde da noite.
Ele decidiu designar um secretário pessoal para aliviá-lo de parte de seu imenso fardo. Sua escolha recaiu em seu filho de quinze anos, Rabi Yossef Yitschac Schneersohn. Nascido em 12 de Tamuz de 5640 (1880) em Lubavitch, Rússia, o jovem havia provado sua capacidade no estudo e já era reconhecido como erudito brilhante. Logo provaria ser também um brilhante administrador, com um notável talento para atividades comunitárias e cívicas.
Em 5655 (1895), o jovem Rabino participou da grande conferência de líderes religiosos e leigos em Kovno, e novamente no ano seguinte em Vilna.
Em 13 de Elul de 5657 (1897), com dezessete anos, Rabi Yossef Yitschac casou-se com Nechama Dina, a filha de Rabi Abraham Schneersohn, um homem importante de grande erudição e piedade (e neta do Tsemach Tsedec).
Durante a semana de festejos que se seguiu à cerimônia de casamento, Rabi Sholom Dovber anunciou a fundação da famosa Yeshivá Lubavitch, Tomchei Tmimim, e no ano seguinte designou sei filho como diretor-executivo. Sob a competente direção de Rabi Yossef Yitschac, e guiada pelo pai sempre vigilante, a Yeshivá Lubavitch prosperou e desenvolveu-se, havendo então a fundação de muitas yeshivot afiliadas por toda a Rússia.
As duas décadas do século vinte foram um teste à ilimitada energia, ao zelo e à capacidade do jovem Rabino. Podemos somente mencionar brevemente os eventos mais importantes ocorridos nestes vinte anos.
Como parte dos exaustivos esforços sendo feitos para melhorar a situação econômica dos judeus na Rússia, Rabi Yossef Y. Schneersohn recebeu de seu pai a incumbência de dirigir uma intensa campanha para o estabelecimento de uma indústria têxtil em Dubrovna.
Esta campanha, em 5661 (1901), levou Rabi Schneersohn a Vilna, Lod e Koenigsberg. Ele obteve a cooperação de rabinos de destaque e dos famosos filantropos, os irmãos Jacob e Eliezer Poliakoff, e a tecelagem foi devidamente estabelecida com aproximadamente 2000 empregados judeus.
Já sabemos da difícil situação dos judeus sob o regime czarista, e de como os Rebes de Lubavitch continuamente intercediam por seus irmãos, tanto com o Governo quanto no Tribunal. Rabi Yossef Y. Schneersohn encarregou-se de tais missões e viajou diversas vezes à capital, S. Petersburgo, e a Moscou.
Quando a Guerra Russo-Japonesa foi desencadeada no Oriente em 5664 (1904), Rabi Yossef Y. Schneersohn tornou-se ativo na campanha iniciada por seu pai, a fim de fornecer matsot para Pêssach aos soldados judeus na frente de batalha oriental.
Na agitação generalizada que se seguiu à deflagração daquela guerra, uma nova onda de pogroms varreu o Território dos Judeus. Rabi Yossef Y. Schneersohn foi enviado por seu pai à Alemanha e Holanda, e conseguiu obter a intercessão de estadistas importantes a favor do judaísmo russo.
Em 5668 (1908), participou novamente na convocação rabínica em Vilna. No ano seguinte, foi à Alemanha para conferenciar com líderes judeus. Ao voltar, tomou parte na preparação para a próxima convocação rabínica de 5670 (1910). Suas atividades públicas enérgicas e de longo alcance, sua vigilante defesa dos direitos dos judeus russos, e sua constante luta contra as autoridades locais e centrais despertaram a animosidade do regime czarista da época.
Entre 5662 e 5671 (1902-1911), Rabi Yossef Y. Schneersohn foi preso em Moscou e S. Petersburgo em quatro ocasiões. Como os inquéritos governamentais não conseguiram saber de nada incriminador em suas atividades, foi libertado todas as vezes com uma advertência formal.
Estes incidentes não detiveram Yossef Y. Schneersohn na continuação de sua obra, mas animaram-no a esforços ainda maiores. Nos anos 5677 e 5678 (1917-18), liderou novamente as convocações de rabinos e leigos em Moscou e Kharkov.
Com a morte de seu pai em 2 de Nissan de 5680 (1920), Rabi Yossef Y. Schneersohn foi convidado por todo o mundo de Chabad e aceitar a liderança do movimento e tornar-se o próximo Lubavitcher Rebe.
Naquela época, as condições tinham mudado consideravelmente. Devido ao resultado da guerra e da Revolução de Outubro, a Rússia ficou em um estado de constantes conflitos internos. Como sempre, quem mais sofria eram os judeus.
Naqueles dias, Rabi Schneersohn viu-se praticamente sozinho, enfrentando uma tarefa que exigia esforços sobre-humanos - a reabilitação da vida judaica comunitária e religiosa na Rússia.
Lutou esta guerra em duas frentes, a material e a religiosa. Os judeus russos estavam reduzidos à mais abjeta pobreza e ao sofrimento, e o futuro do judaísmo tradicional era gravemente ameaçado pela política da Yevsektzia ateísta. (O ramo judaico do Partido Comunista Soviético, responsável por atividades anti-judaicas. Foi subseqüentemente dissolvido pelo Governo Soviético.)
Durante esta luta desigual e esmagadora pela preservação do judaísmo tradicional na Rússia, Rabi Yossef Y. Schneersohn percebeu que um novo país teria de desbancar a Rússia como grande centro de Torá. Fundou então uma yeshivá de Lubavitch em Varsóvia, no ano 5681 (1921), e ajudou muitos estudantes e funcionários de sua Yeshivá russa a se mudarem para a Polônia e ali continuarem sua obra. A Yeshivá Lubavitch na Polônia, como suas iguais na Rússia, desenvolveu-se rapidamente em um completo sistema de yeshivot, e centenas de alunos foram matriculados em suas diversas filiais.
Nesse ínterim, Rabi Yossef Y. Schneersohn destemidamente conduzia sua obra na Rússia, fundando e mantendo yeshivot, escolas de Torá e outras instituições religiosas.
Naquela época, Rabi Schneersohn tinha sua sede central em Rostov (sobre-o-Don), mas devido às acusações caluniosas, foi necessário mudar-se dali. Estabeleceu sua residência em Leningrado (S. Petersburgo) de onde continuou incansavelmente a dirigir suas atividades. Organizou um comitê especial para auxiliar os artesãos e operários judeus que desejavam guardar o Shabat, e enviou professores, pregadores e outros representantes às mais remotas comunidades judaicas da Rússia, para fortalecer sua vida religiosa.
Percebendo a necessidade de organizar comunidades Chabad fora da Rússia, o Lubavitcher Rebe formou o Agudat Chassidei Chabad dos Estados Unidos e Canadá, e manteve contato regular com seus seguidores no Novo Mundo.
Em 5687 (1927), o Rebe fundou a Yeshivá Lubavitch em Bokhara, uma remota província da Rússia.
Sua resistência contra aqueles que desejavam minar a religião judaica tornou-se ainda mais arriscada. A Yevsektzia estava determinada a refreá-lo, e recorreu até mesmo à intimidação e tortura mental.
Certa manhã, quando o Lubavitcher Rebe estava cumprindo yahrzeit por seu pai, três membros da Yevsektzia irromperam em sua sinagoga, revólveres em punho, para prendê-lo. Calmamente, o Lubavitcher Rebe terminou suas preces e os seguiu.
Enfrentando um conselho de homens armados e determinados, o Lubavitcher Rebe mais uma vez reafirmou que não abriria mão de suas atividades religiosas, quaisquer que fossem as ameaças. Quando um dos agentes apontou-lhe um revólver, dizendo: "Este brinquedinho fez muitos homens mudarem de idéia", o Lubavitcher Rebe replicou calmamente: "Aquele brinquedinho pode intimidar somente o tipo de homem que tem muitas paixões e deuses, mas apenas um mundo - este mundo. Como eu tenho apenas um D'us e dois mundos, não estou impressionado pelo seu brinquedinho."
Sua luta chegou ao auge no verão de 5687 (1927), quando o Rebe foi preso e colocado em confinamento solitário na temida prisão Spalerno em Leningrado. Foi condenado à morte, mas a oportuna intervenção de estadistas estrangeiros salvou sua vida. Em vez de ser executado, foi banido para Kostroma, nos Urais, por três anos.
Cedendo à pressão mais intensa por parte daqueles estadistas, as autoridades decidiram libertar o Lubavitcher Rebe. Foi informado dessa decisão em seu aniversário, 12 de Tamuz. No dia seguinte foi-lhe permitido sair e instalar-se na aldeia de Malachovka, nos arredores de Moscou. Uma intervenção mais decidida resultou na permissão para o Rebe deixar a Rússia e se dirigir a Riga, na Latvia. No dia seguinte a Sucot, juntamente com sua família e boa parte de sua valiosa e histórica biblioteca, o Rebe dirigiu-se a Riga. Sem parar para descansar, reiniciou suas atividades, começando a criar uma yeshivá em Riga. Em 5688 e 5689 (1928-29), garantiu a provisão de matsot para os judeus na Rússia.
Em 5689 (1929), o Lubavitcher Rebe visitou Israel, dirigindo-se em seguida aos Estados Unidos. Em Nova York, teve uma recepção cívica e liberdade garantida na cidade. Centenas de rabinos e líderes leigos recepcionaram o Rebe e procuraram ter entrevistas pessoais com ele. Durante esta visita, ele foi recebido pelo Presidente Hoover na Casa Branca.
Retornando à Europa, continuou suas diversas atividades, mas para ter mais facilidades para sua obra passou a residir em Varsóvia em 5694 (1934). As atividades das yeshivot Lubavitch na Polônia a esta altura tinham adquirido um impulso considerável. As yeshivot centrais em Varsóvia e aquelas na vizinha Otvock atraíam centenas de eruditos de todas as partes da Polônia e de outros países, incluindo os Estados Unidos. Dois anos depois, o Rebe fixou residência em Otvock, e dali passou a dirigir todas suas atividades.
Ao irromper a Segunda Guerra Mundial em setembro de 1939 (5699), o Rebe recusou todas as oportunidades para sair do inferno de Varsóvia até que tivesse tomado todos os cuidados com suas yeshivot e feito todo o possível pelos seus irmãos que sofriam na capital polonesa. Ali permaneceu durante todo o terrível cerco e bombardeio de Varsóvia e sua capitulação final aos invasores nazistas.
Mesmo durante essa época, ele conseguiu evacuar grande parte de seus alunos para regiões mais seguras, e todos os meninos americanos que tinham estado estudando na Yeshivá Lubavitch em Otvock foram transportados em segurança de volta a seus lares nos Estados Unidos.
Sua coragem e destemor (ele ordenou a construção de uma sucá e cumpriu a mitsvá de "habitar na sucá" durante o auge do bombardeio) foram uma fonte de inspiração para a sofrida comunidade judaica de Varsóvia.
Somente quando percebeu que nada mais poderia fazer por eles foi que o Rebe finalmente concordou em dar atenção aos desesperados apelos de seus muitos seguidores em Varsóvia e no exterior, de tentar sair das ruínas carbonizadas da capital polonesa e tomar o rumo dos Estados Unidos.
Com a cooperação do Departamento de Estado em Washington, os amigos e seguidores do Rebe trabalharam incessantemente para arranjar sua viagem de Varsóvia a Nova York. Finalmente, o Lubavitcher Rebe e sua família receberam um salvo-conduto até Riga - àquela altura, a Latvia ainda era neutra. Uma vez ali, o Lubavitcher Rebe continuou a ajudar os numerosos refugiados que tinham conseguido escapar da Polônia para a Lituânia e Latvia.
Em 9 de Adar II de 5700 (19 de março de 1940), o Lubavitcher Rebe chegou a Nova York no navio Drottningholm. Foi entusiasticamente recebido por milhares de seguidores e muitos representantes de diversas organizações, bem como autoridades cívicas.
Logo após sua chegada, o Rebe fez saber que não fora por sua própria segurança que tinha feito a viagem aos Estados Unidos, mas porque tinha uma importante missão a cumprir durante sua estadia ali. Esta missão era fazer da América um centro de Torá, que substituiria as arruinadas comunidades judaicas da Europa.
A década que se passara entre a primeira e segunda visitas do Rebe aos Estados Unidos tinha deixado marcas em sua constituição. Porém, embora sua saúde estivesse bastante abalada pelo sofrimento e martírio, Rabi Schneersohn devotou-se imediatamente à sua nova missão.
A Yeshivá Central Tomchei Tmimim Lubavitch foi logo estabelecida, e tornou-se a precursora de muitas yeshivot e escolas de período integral por todos as partes dos Estados Unidos. O Rebe continuou seus esforços em prol de seus irmãos além-mar afligidos pela Guerra, e ao mesmo tempo concentrou-se em sua intenção declarada de provocar um renascimento religioso nos Estados Unidos.
Após uma breve estadia na cidade de Nova York, o Rebe transferiu sua sede para o Brooklyn. A primeira edição do boletim mensal, Hakriah Vehakdusha, fez sua aparição como órgão oficial de Agudat Chassidei Chabad, e continuou durante toda a Guerra.
Nos dez anos de sua vida nos Estados Unidos, a influência e realizações de Rabi Yossef Yitschac Schneersohn no fortalecimento do judaísmo, ampliando a educação judaica, e estabelecendo instituições de estudo judaico foram tão notáveis, que o judaísmo e o estudo de Torá nos Estados Unidos, e subseqüentemente em outros países, tomou uma feição totalmente diferente.
Além das Yeshivot Lubavitch Tomchei Tmimim nos Estados Unidos e Canadá, o Rebe fundou Machne Israel, Merkos L'Inyonei Chinuch, escolas Beth Rivkah e Beth Sarah para meninas judias, e a Editora Kehot, dedicada à publicação de livros no verdadeiro espírito e tradição de Torá.
Foram também criados grupos Messibot Shabat para meninos e meninas, para tornar as crianças e adolescentes judeus conscientes de seu grande legado espiritual. Reunindo-se a cada Shabat em uma atmosfera agradável, e lideradas por uma pessoa de sua própria idade e oriunda do mesmo bairro, estas crianças são imbuídas com os fundamentos da religião judaica, da santidade do Shabat e outros preceitos.
Ao final da Guerra em 5705 (1945), Rabi Yossef Yitschac Schneersohn estabeleceu sua Organização para Auxílio e Reabilitação para Refugiados, Ezras Pleitim Vessidurom, com um escritório regional em Paris. Muitos refugiados receberam ajuda dessa organização para emigrarem a Israel. Em 5708 (1948), o Lubavitcher Rebe fundou a Aldeia Chabad (Kfar Chabad) perto de Tel Aviv.
Pouco antes de sua morte, Rabi Yossef Yitschac Schneersohn voltou sua atenção às necessidades do judaísmo norte-africano. Foram lançados os alicerces para uma rede de instituições educacionais, incluindo yeshivot, Talmud Torot e escolas para meninas, das quais todas continuam a prosperar sob o nome "Oholei Yossef Yitschac Lubavitz".
Uma rede semelhante de instituições educacionais foi fundada em Israel, e escolas de período integral em Melbourne, Austrália.
Muitos trabalhadores comunitários e líderes judeus empenharam-se a partir da obra bem-sucedida de Rabi Yossef Yitschac Schneersohn e têm redobrado seus esforços. Novas organizações e instituições têm brotado no campo da educação judaica e do cumprimento do Shabat, e sua influência está se fazendo mais e mais sentida. Pode-se dizer com certeza que este grande homem foi um dos pilares do judaísmo mundial em nossa geração.
Rabi Yossef Yitschac Schneersohn faleceu no Shabar, 10 de Shevat de 5710 (1950), após trinta anos de esforço infatigável como líder de Chabad e líder do judaísmo mundial.
A notícia de sua morte entristeceu os judeus no mundo inteiro, e eles prantearam com um senso de perda pessoal o passamento de um líder tão eminente, devotado e inspirador.
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Em 1900, Rabi Levi Yitschac Schneerson, renomado pela sua erudição talmúdica e haláchica e em Cabalá casou-se com Rebetsin Chana Yanovski, aristocrática, de família rabínica prestigiosa.cujo pai, Rabi Meir Shlomo, era rabino da cidade de Nicolaiyev, Ucrânia.
No dia 11 de Nissan (18 de abril de 1902), nasceu seu primeiro filho, bisneto do terceiro Lubavitcher Rebe, seu homônimo. Menachem Mendel.
Seu pai, Rabi Levi Yitschac era bisneto de Rabi Baruch Shalom, o filho mais velho do Tsemach Tsedec (terceiro Rebe de Chabad-Lubavitch e neto do fundador do Movimento, Rabi Schneur Zalman, o Alter Rebe) e Rabino-Mor de Yecatrinoslav (Dniepropetrovsk) de 1907 a 1939.
Desde a infância, o Rebe mostrava prodigiosa inteligência, e logo teve de deixar o chêder, por estar muito à frente dos colegas. Aos nove anos, o diretor da escola local disse a seus pais que não havia mais nada que pudesse lhe ensinar. Desde então, seu pai – ele próprio um célebre erudito e cabalista – encarregou-se da educação do filho, empregando tutores e ensinando-o pessoalmente.
Uma autoridade rabínica certa vez visitou o pai do Rebe. Os dois sábios começaram a discutir delicados pontos de estudo, sem perceber que Mendel, então com oito anos, havia entrado na sala e estava ouvindo com atenção.
O convidado notou a expressão concentrada no rosto do menino. "Ele entende o que estamos dizendo?" perguntou. Com um olhar de conhecedor, o pai replicou: "É impossível saber."
Teve um grande exemplo e forte influência de seus pais durante sua vida. Seu pai, Rabi Levi Yitschac, agia com raro grau de dignidade e coragem para sustentar e fortalecer o judaísmo sob o regime comunista. Ao seu lado contava sempre com a grande coragem e abnegação de sua esposa, Rebetsin Chana, mãe do Rebe, que não poupava esforços colocando sua vida em risco, para que seu marido pudesse continuar escrevendo suas obras sagradas. Rabi Levi Yitschac foi preso e exilado para o vilarejo distante de Chi li, na Ásia Central e como resultado dos seus sofrimentos , faleceu no exílio, na cidade vizinha de Alma Ata, em 20 de Menachem-Av, 1944, aos 66 anos.
1930-Rebe com seu sogro |
O Rebe encontrou o sexto Rebe de Lubavitch, Rabi Yossef Yitschac Schneerson, em 1923, em Rostov, Rússia. Em 27 de novembro de 1928 casou-se com Chaya Mussia (1901-1988), segunda filha do Rabi Yossef Yitschac. A Rebetsin é lembrada pela sua excepcional erudição, embora fosse de comportamento compassivo, humilde e despretensioso.
O casamento foi realizado em Varsóvia, Polônia, na terça-feira à tarde, em 14 de Kislêv de 1928. Centenas de Chassidim Chabad de Varsóvia, das áreas polonesas, da Lituânia e da Rússia Branca compareceram, além de renomados Rebes e eruditos.
Logo após o casamento, o Rebe mandou o jovem casal viver em Berlim, então a capital intelectual da Europa Ocidental, onde Rabi Menachem Mendel deveria passar parte do seu tempo estudando em famosos centros de estudos e acabou matriculando-se na Universidade de Berlim. Rabi Yossef Ber Soloveichik também encontrava-se em Berlim naquela época e os dois passaram muito tempo juntos, em estudos gerais e talmúdicos. Rabi Soloveichik relembra que o Rebe trazia um volume do Talmud ou outros textos da Torá a suas palestras, e o colocava dentro do livro de textos. Certa vez, um dos professores ficou aborrecido pela aparente falta de atenção do Rebe, e no meio da palestra, acreditando que ele não o estava ouvindo, resolveu testá-lo: "Pode repetir uma palavra daquilo que eu disse?" perguntou ele. Humildemente, o Rebe levantou-se e repetiu a palestra inteira, palavra por palavra.
Embora o Rebe passasse a maior parte de seu tempo em Paris envolvido nos estudos, também deu muitas aulas. Eliyáhu Reichman lembra-se que quando jovem assistiu diariamente a aula de Talmud dada pelo Rebe. Uma vez ele e outro aluno perceberam que o Rebe tinha citado uma passagem de modo ligeiramente diferente do que aparecia no texto. Depois que a aula terminou, foram à estante do Rebe para conferir o texto do Talmud que ele usara; talvez tivesse uma versão diferente? Para sua surpresa, viram que o Rebe tinha usado um tratado completamente diferente! Havia uma escassez de textos,e vários alunos tinham que estudar usando o mesmo volume. A fim de deixar um texto adicional disponível para os alunos, o Rebe tinha recitado as passagens de cor, e para esconder o problema dos alunos, fingira usar um livro com outro tratado.
Formação
Em 1933, a mudança do regime forçou Rabi Menachem Mendel a deixar a Alemanha, onde se graduara em Heidelberg, em Engenharia Superior e mudar-se para Paris. Matriculou-se na Sorbonne onde receberia outro diploma, Engenharia Mecânica, com especialização em Projeto Naval.
O conhecimento adquirido nestes estudos habilitaram-no a resolver dúvidas haláchicas nos anos subseqüentes. Por exemplo, quando houve uma discussão sobre se um navio com tripulação de judeus poderia viajar no Shabat, o Rebe comentou: "A alegação de que tais trabalhos proibidos podem ser realizados automaticamente demonstra não apenas ignorância sobre os princípios haláchicos no trabalho, como também ignorância sobre os rudimentos da engenharia."
O Rebe sempre dedicou-se primordialmente à oração, ao estudo da Torá preocupando-se com cada judeu, onde quer que se encontra-se.
Chegada aos Estados Unidos
Segunda-feira, 23 de junho de 1941, o Rebe e a Rebetsin chegaram aos Estados Unidos, havendo milagrosamente escapado da investida nazista e se estabelecendo em Nova York.
Seu sogro, Rabi Yossef Yitschac Schneerson, que havia chegado aos Estados Unidos um ano antes, escolheu-o para liderar suas recém-fundadas organizações: Merkos Linyonei Chinuch, o braço educacional do movimento Lubavitch; Machané Israel, a organização de serviço social do movimento; e a Sociedade Kehot de Publicação, a editora de Lubavitch.
Logo após o Rebe começou a escrever suas anotações eruditas sobre vários tratados chassídicos e cabalísticos, bem como uma vasta gama de responsas. Com a publicação dessas obras, logo foi reconhecido por eruditos de todo o mundo.
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Em 1950, Rabi Yossef Yitschac faleceu. Embora o Rebe fosse escolhido como seu sucessor foi relutante no início em aceitar o manto da liderança. Apenas um ano mais tarde assumiria formalmente o título de “Rebe”: foi em 28 de Janeiro, 10 de Shevat de 5710.
Em seu primeiro discurso como Rebe, ele afirmou que a missão da nossa geração é a de trazer Mashiach (Messias).
O Rebe organizou um corpo de shluchim – emissários de Lubavitch – e os encarregou de estabelecer centros Chabad-Lubavitch no mundo. Hoje milhares de instituições Chabad-Lubavitch cobrem o planeta. Além de se preocupar com cada indivíduo, o Rebe dava atenção especial a órfãos e viúvas de soldados israelenses, as crianças de Chernobyl, entre outros. Mais de 1300 crianças recebem tratamento médico em Kfar Chabad. Para os meninos órfãos, são celebradas anualmente cerimônias de bar-mitsvá, no Muro das Lamentações. Além disso, foram criados vários centros de reabilitação para pessoas viciadas em drogas. O Rebe estabeleceu cerca de 60 instituições de ensino judaico na Comunidade dos Estados Independentes e na Letônia. Centenas de emissários visitam regularmente e muitos outros estabelecem lá suas residências para promover as atividades judaicas. A organização Ezrat Achim envia toneladas de alimentos para os judeus destes países.
O Rebe foi quem iniciou o movimento de teshuvá (retorno ao autêntico judaísmo), através de uma forma revolucionária de difundir o judaísmo para todos os judeus com a sua famosa "Campanhas das Mitsvot" (campanha das boas ações). A colocação dos tefilin, o acendimento das velas de Shabat e Yom Tov pelas mulheres judias, a cashrut, a prática da tsedacá, a educação baseada na Torá, entre outras. Na época foi duramente criticado, enfrentando forte oposição, ao dizer que esta era a única maneira de salvar o judaísmo da assimilação. Suas campanhas inovadoras hoje servem de modelo a diversas instituições judaicas que atraem judeus de volta a sua herança exatemente como o Rebe já fazia há 5 décadas.
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Sua preocupação com a educação e o futuro da humanidade foi reconhecida nos Estados Unidos. A data de nascimento do Rebe, 18 de abril,(11 de Nissan) foi transformada pelo Presidente Ronald Reagan em “Dia Nacional da Educação”.
Entre as previsões que fez sobre situações mundiais as que mais repercutiram foram a abertura da Cortina de Ferro, com a emigração maciça de judeus soviéticos para Israel, ao alertar o governo israelense para a construção de casas e condições de emprego para estes judeus. E isto aconteceu numa época em que tal possibilidade era impensável.
Outra previsão fantástica: durante a Guerra do Golfo, em 1991, o Rebe foi o único a dizer que esta guerra não atingiria o povo judeu, declarando que as máscaras de gás não seriam necessárias. Ele declarava isso enfaticamente mesmo durante o contínuo bombardeio de scuds sobre israel, pois lá "é o lugar mais seguro do mundo."
Conscientizou sobre a iminente vinda de Mashiach (Messias) e da importância de "recepcioná-lo" apropriadamente, principalmente através de um estudo intensivo dos assuntos relativos à era messiânica, contidos na Torá, Talmud, e outras fontes judaicas, como no código de leis de Maimônides.
Todos os domingos o Lubavitcher Rebe costumava receber e abençoar as vastas multidões que vinham buscar as suas palavras de sabedoria e bênção. A cada uma das milhares de pessoas que o procuravam entregava uma nota de um dólar para ser doada a uma instituição de caridade à critério da pessoa. Além de pessoas comuns, diversas personalidades judias e não-judias pediam seu conselho e bênção.
Falecimento
No dia 2 de março de 1992, aos 89 anos, o Rebe sofreu o seu primeiro derrame. Mesmo sem se recuperar totalmente, ele continuou a responder, aconselhar e abençoar a todos que o procuravam. Dois anos após este incidente, sofreu um segundo derrame.
No dia 12 de junho de 1994 (3 de Tamuz, 5754 - “Guimel Tamuz”) o Rebe faleceu. Mas conforme pronunciou-se na época do falecimento de seu sogro, o Tsadic continua vivendo através de seus ensinamentos e de todo o legado que deixou a seus chassidim e a todos que foram tocados pela sua imensurável sabedoria, exemplo vivo de Torá e amor incondicional. As centenas de volumes que transmitem seu conhecimento e orientação em cada assunto continuam a influenciar a maneira de conduzir nossas vidas e nos preparar para o início de uma nova era. Que seja em breve, se D’us quiser!
Cronologia e Genealogia
5662 (1902): Nascimento do Rebe em 11 de Nissan na cidade ucraniana de Nikolayev.
5667(1907): Muda-se com sua família para a cidade de Yekaterinoslav (Dniepropetrovsk). Passava várias semanas — durante vários anos, no final dos meses de verão — junto e sob os cuidados de sua avó, a Rebetsin Rachel,(o Rebe ficava com seu avô, o Gaón Meir Shlomo Yanovsky, dos yoshvim – estudantes – em Lubavitch na época do Rebe Kvod Kedushat Admur Rabi Shmuel, o Rebe "Maharash". Posteriormente, tornou-se Rabino-chefe do Tribunal Rabínico de Nikolayev, ocupando o lugar de seu avô – Rabi Avraham David Lavut, autor dos livros Kav Nakí e Beit Aharón VeHossafot, e outros). Estuda com prodigiosa aplicação, e tem êxito em seus estudos, sob orientação de seu pai, Kevod Kedushat HaRav HaGaón, HaRav HaChassid, HaMecubal Rabi Levi Yitschac (Rabino-chefe de Yekaterinoslav), adquirindo, já no início de sua adolecência, um vasto conhecimento em todas as partes da Torá, revelada e oculta.
5678 (1918): Dá apoio e assistência ao seu pai (entre outras coisas) na gestão da comunidade e na organização do auxílio aos refugiados de guerra da Polônia que chegam aos milhares à Yekaterinoslav por causa da Primeira Guerra Mundial.
5682 (1922): Visita a Yeshivá Tomchei Tmimim de Charkov (e volta a fazer o mesmo em 5684 (1924)).
5683 (1923): Viaja de visita a Rostov, onde se encontra pela primeira vez com o Rebe, Kvod Kedushat Admur Rabi Yossef Yitschac.
5684 (1924): Viaja a Leningrado, onde assiste, pela primera vez, a um farbrenguen – encontro chassídico – do Rebe Yossef Yitschac (que demonstrou a ele um afeto especial).
5685 (1924): Viaja para passar o mês de Tishrei com o Rebe Yossef Yitschac. Naquela época se encontra com o Gaón Rabi Yossef Razin de Rogatchov (de quem recebe sua Ordenação Rabínica) e também mantêm com este um profundo intercâmbio de Torá por correspondência.
5686 (1926): Encarregado por seu sogro, visita a Yeshivá Tomchei Tmimim de Krementchug.
5687 (1926): No mês de Marcheshvan participa do Congresso de Rabinos na cidade de
Kurostin (Volhín). Em seguida permanece em Leningrado e durante o encarceramento do Rebe Yossef Yitschac trabalha, ativamente, em prol de sua libertação.
5688 (1927): Durante o mês de Tishrei permanece em Yekaterinoslav. No dia seguinte a Sucot viaja (em companhia de sua mãe, a Rebetsin Chana) a Kursk, e dali a Leningrado. O domingo de parashat Bereshit se dirige a Riga, onde atua como secretário particular do Rebe, seu [futuro] sogro. No mês de Marcheshvan participa da reunião do "Comitê para o Fortalecimento da Torá e a Religião" (fundado por seu sogro, na Rússia, e que fora transferido para Riga). Antes de Pêssach viaja a Berlim. Nos meses de verão, viaja várias vezes a Boldroy (Latvia) para visitar seu [futuro] sogro.
5689 (1928): Viaja a Riga para passar ali o mês de Tishrei. Em 3 de Kislêv se compromete [— tnaim,] com a Rabanit HaTsidkanit Chaya Mushka. Em 14 de Kislêv casa-se com a Rebetsin Chaya Mushka, filha do Rebe Yossef Yitschac. No dia de seu casamento encontra-se com o Gaón Rabi Menachem Zemba e Rabi Meir Shapira [que instituiu o Daf Yomi], assim como com outras eminências rabínicas. Quinta-feira, 16 de Kislêv, regressam a Riga. No mês de Shevat regressa com a Rebetsin a Berlim, e permanece ali até o inverno de 5693 (1932). (Durante estes anos viajam em várias ocasões para encontrar-se com o Rebe Yossef Yitschac, em Riga, assim como para o casamento de sua filha, a Rebetsin Sheina, com Rabi Menachem Mendel HaCohen Horenstein, em Landvorov, Polônia, etc.).
5692 (1932): Viaja, como emissário de seu sogro, para visitar o Gaón Rabi Chayim Oizer Grodzenski. Encontra-se com o Gaón Rabi Baruch Ber Leibovits.
5693 (1933): Encontra-se com o Gaón HaCadosh Rabi Chayim Elazar de Munkatsh – autor do Minchat Elazar – e com o Gaón Rabi Shimon Shkop. Até o final do inverno se ve obrigado a trasladar-se a Paris, [onde reside até 5701 (1941)]. Durante este período, atua ativamente como secretário particular de seu sogro.
5695 (1934): Para o mês de Tishrei viaja a seu sogro, em Varsóvia. Até o fim do mês de Marcheshvan viaja, como emissário de seu sogro, para dar suas condolências e consolar o Admur Rabi Avraham Mordechai Alter de Gur, autor do lmrei Emet. Viaja a Ferchtoldsdorf (próxima de Viena) para visitar a seu sogro. Durante essa época, se ocupa de organizar as cartas de seu sogro para sua publicação. Também se dedica a edição dos livretos de HaTami'm.
5696 (1936): Viaja em várias ocasões para ver seu sogro, em Otwock [Otvotsk]. É nomeado presidente honorário de Kupat Bachurim (da Yeshivá Tomchei Tmimim). Se encontra com o Gaón Rabi Shabtai HaCohen Rapoport, autor do Siftéi Cohanim. Visita o Admur Rabi Aharon, de Belz.
5697 (1937): Atua como secretário de seu sogro (que permaneceu durante um certo tempo em Paris). Antes de Shavuot de 5700 (1940) o Rebe e a Rebetsin abandonam Paris (por causa da ocupação nazista) e se mudam para Vichy (onde chegaram na véspera de Shavuot). Ali permanecem alguns meses onde seguem à Nice. Ficam em Nice desde o fim do verão de 5700 (1940) até o começo do verão de 5701 (1941).
5701 (1941): Chega com a Rebetsin Chaya Mushka a Nova York (em 28 de Sivan).
5702 (1942): É nomeado, por seu sogro, Diretor do Comitê Executivo de "Machané lsrael", do "Merkaz Leinyanei Chinuch" e da "Sociedade Editorial Kehot" (Kehot Publication Society).
5703 (1943): É nomeado Diretor Editorial da "Biblioteca Otsar HaChassidim — Lubavitch", e a partir deste período publica livros, monografias e periódicos com seus comentários e notas. Publica o HaYom Yom, compilado por ele.
5706 (1946): Publica a Hagadá de Pêssach com sua compilação de costumes e explicações.
5707 (1947): Viaja a Paris para encontrar-se com sua mãe, a Rebetsin Chana. Permanece ali uns dois meses, e durante sua estadia se reúne com os Chassidim e os conclama a cumprir o costume de doar maamad e a apegar-se mais ao Rebe Yossef Yitschac. Em seguida, regressa a Nova York junto com sua mãe.
5710 (1950): Sexta-feira, 9 de Shevat, publica o Kuntrês 10 de Shevat (Bati Legani) — parte de uma seqüência de Kuntrêssim de seu sogro. Shabat parashat Bô, 10 de Shevat, a alma do Admur Rebe Yossef Yitschac, seu sogro, ascendeu às alturas celestiais — e sobre ele recaiu o privilégio e encargo da liderança. Logo após a Histalkut (Ascensão da Alma), consola os chassidim, fortalecendo-os a seguir no caminho que seu sogro orientou. Segue publicando os manuscritos de seu sogro e dos outros Rebeim, nossos líderes, acrescentando introduções mais extensas. Publica michtavim klaliyim (Cartas Públicas) com palavras de inspiração e fortalecimento. Segue realizando Farbrenguens, como já o fazia por orientação explícita de seu sogro (nos Shabat Mevarechim e festividades chassídicas) — atraindo multidões de chassidim e outros que bebem sÉdentos suas palavras (anotando seus pronunciamentos, sendo posteriormente revisados e publicados). Muitos procuram suas orientações, conselhos e bençãos. Dedica-se vigorosamente a expandir e extender as instituções de Torá estabelecidas por seu sogro. Estabelece as escolas "Ohalei Yossef Yitschac — Lubavitch" em países no norte da África. Pede para intensificar as viagens [dos jovens da yeshivá], durante os meses de verão, em missão do Merkos Leinyonei Chinuch.
5711 (1951): Em 10 de Shevat [finalmente] aceita o cargo de Rebe e pronuncia seu primeiro maamar (discurso chassídico), Bati Legani.
5712 (1952): Conclama os alunos das Yeshivot e os homens casados a pronunciarem discursos de Chassidut nas Sinagogas; também que os estudantes, assim como os casados, [estudem e] obtenham a Ordenação Rabínica — isto, além de adquirir um vasto conhecimento em grande quantidade de matérias talmúdicas e dos legisladores; concretiza a fundação da "Organização de Alunos de Yeshivá"; proclama que a educação de Torá às crianças é o único modo de anular todos os decretos [nefastos]; começa a explicar uma mishná de Pirkê Avot nos Shabatot entre Pêssach e Shavuot; funda "Tseirei Agudat Chabad" (Organização Juvenil de Lubavitch), assim como a "Organização de Mulheres e Moças de Chabad" — em Êrets Israel. Funda a rede de escolas "Ohalei Yossef Yitschac – Lubavitch" em Êrets Israel e Austrália; funda o Fundo de Tsedacá "Keren Ohalei Yossef Yitschac", para apoiar as instituções que levam esse nome.
5713 (1953): Enfatiza a imensa necessidade de se estudar as leis necessárias no dia a dia; reinstaura a prática de "Chalucat HaShas" (veja texto de 19 de Kislêv) em 19 de Kislêv; funda a Organização de Mulheres e Moças de Chabad nos Estados Unidos e outros países.
5714 (1954): Incentiva judeus e judias na mitsvá de pronunciar a benção sobre as "Quatro Espécies" em Sucot; publica seu "Índices [remissivo] ao Tanya"; funda a escola de agricultura em Kfar Chabad, Êrets Israel; funda o Fundo Keren HaShaná (caridade que se dá em múltiplos do número de dias do ano em particular); Providencia ao maior número possível de judeus Matsá Shmurá. Ensina o nigun "Tsamá lechá nafshi".
5715 (1955): Lança um apelo contra o estudo de ciências seculares nas Yeshivot (até determinada idade); divulga e avisa sobre a proibição de viajar em navios israelenses no Shabat; funda as Organizações Juvenis de Chabad nos Estados Unidos e Canadá; funda o Fundo Keren HaTorá; funda as Escolas Vocacionais em Kfar Chabad.
5716 (1956): Ensina o nigun "Darkechá...", funda a Yeshivá Oholei Torá; funda uma colônia de férias e instrui que a chamem de "Gan Israel"; viaja para visitá-la (segunda-feira, 15 de Tamuz), antes de sua abertura, e realiza ali um farbrenguen. Em relação à tragédia ocorrida em Êrets Israel [atentado terrorista], envia para lá um grupo de alunos para levantar o ânimo dos que lá se encontram, e funda o Instituto "Yad HaChamishá", em Kfar Chabad; funda a Escola Beit Rivka, na Austrália e em Montreal, Canadá.
5717 (1957): Ensina o nigun "Ki ánu amécha..."; visita a colônia de férias (acampamento) "Gan Israel" (domingo, 16 de Tamuz), e realiza ali um farbrenguen; funda a Yeshivá de Lubavitch em Toronto, Canadá.
5718 (1958): Ensina o nigun "Tsóma Lechó nafshi... " ("Ech ti durin... ", em russo); incentiva a "disseminação das fontes do Chassidismo" (hafatsat hamaayanot) em forma de Ufarátsta*. Começa a publicar os maamarim do Alter Rebe; funda o bairro de Chabad em Kfar Chabad.
*) A "disseminação das fontes" da Chassidut faz parte da tradição chassídica desde os tempos do Báal Shem Tov. O Rebe escolheu a palavra "Ufaratsta" (tomada de Bereshit 28:14) — a promessa de D'us a Yaacov de que ele se "expandirá sem limites nem obstáculos — como lema de Chabad.
5719 (1959): Ensina o nigun "Shamil". Dá início a fundação de centros de Chabad em todo o mundo.
5720 (1960): Ensina o nigun "Rachamana...". Começa a interpretar o Tsavaat HaRivash, do Báal Shem Tov; iniciam-se as aulas de Tanya pelo rádio (o texto que vai ao ar é previamente revisado pelo Rebe). São lançadas as primeiras gravações fonográficas das melodias de Chabad, produzidas pela Sociedade Nichoach [Nigunei Chassidei Chabad]; em homenagem ao bicentenário da Ascensão da Alma do Báal Shem Tov, lança uma campanha de tsedacá em números múltiplos de duzentos, que serão destinados à difusão do Chassidismo; em conexão com isto, viaja ao Acampamento "Gan Israel" – assim chamado em homenagem ao [Rabi Israel] Báal Shem Tov – (domingo, 16 de Tamuz) e realiza um farbrenguen; funda o bairro Chabad em Jerusalém.
5721 (1960): Ensina o nigun "Atá bechartanu...".
5722 (1962): Ensina o nigun "An'im zemirot..."; incentiva a formação de minianim de acordo com o texto das orações do Alter Rebe; também incentiva que os dias de férias sejam utilizados para aumentar o estudo da Torá; funda um Kolel de estudos judaicos avançados para jovens casados. Proclama que o ano seguinte (em 24 de Tevêt de 5723/1963) será o 150¼ ano desde a Ascensão da Alma do Alter Rebe, e em relação a isto funda o Keren Shneur, para publicar obras do Alter Rebe e seus sucessores, e para assistir à instituções que estudam e seguem seus ensinamentos. Salienta a importância da divisão entre as pessoas do [estudo diário] de partes do Tanya e do Shulchán Aruch do Alter Rebe, de maneira que seu estudo se conclua em 24 de Tevêt (de 5723), e que tanto homens como mulheres intensifiquem suas doações de tsedacá.
5723 (1963): Ensina o nigun "Stav ya pitu..."; em relação aos 150 anos da Ascensão da Alma do Alter Rebe, anuncia uma campanha de tsedacá em múltiplos de 150, e a adição de 150 horas de estudo de Torá; conclue-se o Sêfer HaChassidim (listando todos os membros das famílias chassídicas de Chabad); dedica esforços para libertar judeus, livros e manuscritos dos Rebes de trás da Cortina de Ferro (Rússia comunista).
5724 (1964): Ensina o nigun "Ki ánu amécha..." e "Hu Elokeinu..."; funda o Fundo Keren Levi Yitschac, que leva o nome de seu pai, para dar empréstimos a professores e escolas de Torá.
5725 (1965): Incentiva a realização de farbrenguens chassídicos em cada um dos Dez Dias de Teshuvá; (em memória de sua mãe, a Rebetsin Chaná, que faleceu em 6 de Tishrei desse mesmo ano) começa suas interpretações regulares sobre o comentário de Rashi de acordo com o peshat, "o significado simples do versículo", e a parte oculta e esotérica da Torá oculta no comentário de Rashi; esta prática continuou em cada Farbrenguen de Shabat. Sugere que em cada Shabat se estudem todos os maamarim do Likutei Torá relacionados com a parashá desse Shabat; realiza Farbrenguens todos os Shabat desse ano.
5726 (1966): Funda o Fundo Keren Chana, em nome de sua mãe, para ajudar jovens mulheres a continuar seus estudos judaicos; como este ano será o centenário da Ascensão da Alma do Tsemach Tsedek, lança uma campanha de tsedacá em múltiplos de 100; instrui que se imprimam os maamarim do Tsemach Tsedek (e desde então já foram publicados pelo menos 42 volumes da série Or HaTorá).
5727 (1967): Proclama que este é um ano de "Hak'hel" – Ano de Reunião – , y en consonância instrui a que se "reúnam" todos os maamarím e escritos dos Rebes; funda uma Yeshivá Superior em Melbourne, Austrália; lança a campanha para a observância do Preceito de Tefilin; renova a Sinagoga que leva o nome do Tsemach Tsedek na Cidade Velha de Jerusalém; começa a campanha contra a devolução dos "territórios" retomados por Israel durante a Guerra dos Seis Dias; ao completar quarenta anos desde a libertação do Rebe anterior, 5687-5727 (1927-1967), anuncia uma campanha de tsedacá em múltiplos de 40.
5728 (1968): Salienta que é um dever de cada judeu dos Estados Unidos aproveitar a influência que o país exerce, em matéria de educação, sobre o resto do mundo.
5729 (1969): Começa a interpretar o lgueret HaTeshuvá do Alter Rebe (a terceira parte do Tanya), e continua durante 5730 (1970); sugere que se vincule toda reunião com Torá e tsedacá; conclama o fortalecimento dos bairros judeus; funda Nachalat Har Chabad em Kriát Mal'achi, Êrets Israel.
5730 (1970): Anuncia a conclusão do Sêfer Torá "de Mashiach" (cuja escrita fora iniciada pelo seu sogro, o Rebe anterior) — na época de Yud Shevat, que marca o Yahrtzeit de seu sogro, e conclama a todos que tomem parte na escrita das últimas letras do Rolo.
Lança a campanha e luta, agora também em público, contra a terrível lei de mihu yehudi — "quem é judeu?" [alteração na lei do retorno que criou uma onda de assimilação nefasta que ameaça acabar com o povo judeu]; emite uma proclamação contra a organização de manifestações para se conseguir a saída dos judeus da Rússia, em virtude de seus efeitos negativos; começa a publicar os escritos de seu falecido pai, Rabi Levi Yitschac; começa sua continua prática de interpretar os comentários de seu pai em Likutei Levi Yitschac durante o farbrenguen de cada Shabat de 5731.
5731 (1971): Convoca todos a "conquistar" o mundo com o estudo da Torá; começa sua continua prática de interpretar os comentários de seu pai em Likutei Levi Yitschac — sobre o Zôhar — durante o farbrenguen de cada Shabat.
5732 (1972): Conclama a ajuda a judeus que emigraram da Geórgia [Gruzia] e Buchara (Rússia comunista); declara-se contra o alistamento de mulheres ao exército; salienta a necessidade de favorecer os judeus imigrantes da Rússia com os Preceitos de Purim; funda o Comitê para a Fundação de 71 Instituções; realiza farbrenguens nos dois primeiros e últimos dias de Pêssach; enfatiza a urgência de uma educação de Torá aos filhos de imigrantes russos, assim como uma assistência especial aos imigrantes, com verbas de um fundo inaugurado nesse ano (Keren HaShiv'im).
5733 (1973): Incentiva a fundação de bibliotecas de Torá em todo o mundo, que cada lar judaico seja "um lar cheio de livros de Torá” e a reinstauração do costume de distribuir 'Dinheiro de Chanucá" (Chanucá Guelt); para Purim reforça a necessidade de beneficiar judeus, onde quer que se encontrem, com as mitsvot de Purim; no verão [— junho-julho], lança um chamado para educar a crianças pequenas com Torá, baseando-se nos versículos do Tehilim: "da boca de pequenos e lactantes Tu estabeleceste a força... para destruir ao inimigo e vingador"; para os meses de verão, anuncia que se proverá uma ajuda (monetária) para incorporar as crianças de imigrantes em colônias de férias de Torá; incentiva a criação de grande quantidade de Fundos de Empréstimos Sem Juros; próximo de 9 de Av sugere que nesse dia se organize uma reunião especial de crianças [para juntas rezarem e estudarem trechos de Torá e reforçar assim a segurança de Israel] em frente ao Cotel HaMaaravi; funda Kriát Chabad [Bairro de Chabad] na Cidade Santa de Tsfat (Safed); em vista da afluência de visitantes para o mês de Tishrei, instrui que se organizem cursos de estudo de Torá para todos (e, em separado, para as visitantes femininas); salienta a necessidade de aproveitar o dia 29 de Elul (véspera de Rosh Hashaná) para incrementar os donativos para tsedacá.
5734 (1974): Enfatiza a necessidade de incrementar no estudo da Torá e nos donativos para tsedacá na véspera de Sucot (e desde então repetiu este pedido em diversas ocasiões); durante as Hakafót ensina a melodia "HaAderet VeHaEmuná... " (com a música do hino da França); incentiva a reunião de crianças nos dias de Chanucá, para que lhes contem a respeito do milagre e lhes dêem Chanucá Guelt; enfatiza que cada judeu adquira para si um Sidur, um Chumash e uma caixinha de tsedacá, assim como lhe dêem Chanucá Guelt e que ele dê parte disto para tsedacá; salienta a necessidade de que em cada casa [de chassidei chabad] haja um Tanya, um Torá Or e um Likutei Torá e que se inaugure bibliotecas de livros de Torá [judaísmo]; funda uma Yeshivá Superior em Miami, Flórida; anuncia que se outorgará assistência (monetária) para a campanha [mivtsá, de afixação] de Mezuzá; salienta o reforço que deve ser dado à união familiar mediante a participação de todos nas refeições de Shabat; em adição à campanha [mitsvá, de colocação] de Tefilin, lança mivtsaim (campanhas) para: o estudo da Torá, mezuzá, tsedacá-caridade, "um lar cheio de livros [de Torá] – Yavne e seus sábios", o acendimento de velas nas vésperas de Shabat e Yom Tov [Festividades] por mulheres e meninas acima de três anos; lança a difusão do judaísmo mediante os "Mitsvá Tanks".
5735 (1975): Proclama que nos dias entre 17 de Tamuz e 9 de Av se intensifique o estudo da Torá, a tefilá [oração], e os donativos de tsedacá, em comunidade [minián]. Lança os mivtsim (campanhas) de cashrut e taharat hamishpachá (a observância de micvê, etc.); incentiva a realização de siumim [conclusão de estudos do Talmud] nos nove dias desde Rosh Chôdesh Menachem Av até Tishá BeAv.
5736 (1976): Novamente salienta aos alunos de Yeshivá a estudar e obter a ordenação Rabínica de Yadin-Yadin; enfatiza que a partir do Bar Mitsvá cada um coloque também o Tefilin de Rabeinu Tam. Funda a Yeshivá Superior de Seattle, Washington; envia jovens [casais de] emissários a Jerusalém e Tsfat; incentiva as "Campanhas" (mivtsaim) também nos Centros Penitenciários, em benefício dos internos judeus; proclama o ano como "Ano da Educação" e funda a Yeshivá Superior de New Haven, Connecticut; pede para que as crianças judias memorizem os "Doze Versículos da Torá e Ditos de nossos Sábios"; incentiva o contato entre as crianças de Israel e do exterior iatravés do intercâmbio de correspondência; salienta a necessidade do estudo das leis do Bet Hamicdash durante as Três Semanas de luto pela sua destruição; inicia a publicação periódica de chidushim [novas explicações e comentários] da lei talmúdica escritas pelos Rebeim e seus discípulos; por causa de circunstâncias especiais, sugere que cada um entregue à tsedacá o valor de três refeições (na véspera de Rosh Chôdesh Menachem Av), assim como incrementar a tsedacá a ser dada antes das orações de Shacharit e Minchá; urge, em relação ao dia 5 de Menachêm Av (dia da Ascensão da Alma do Arizal), que nestes dias se estude seus ensinamentos; conclama que em Elul todos efetuem visitas a hospitais e estabelecimentos militares dos Estados Unidos e Israel; anuncia a campanha da mivtsá de Ahavat Israel; propõe que todas as sinagogas instituam ou aumentem ainda mais seus programas de estudo de Torá, e estimula a institução de fundos de empréstimos sem juros, ou a sua expansão.
5737 (1977): Propõe que as instituições de Torá incorporem também a tefilá e a tsedacá [oração e a caridade] em público (na presença de um minyán) e também que as instituções de caridade e empréstimo (sem juros) apóiem as instituições de Torá e tefilá; sugere que se façam Hakafot Shniót nas cidades santas de Chevrón e Jerusalém (na Sinagoga do Tsemach Tsedek), vinculados com o estudo da Torá, tefilá e tsedacá; incentiva a reinstauração dos mashpi'im e das mashpiot chassidim (encarregados da educação e desenvolvimento de virtudes de carácter de outros); publica a série de maamarím "Beshá shehikdimu — Teerav", pronunciados pelo Rebe Reshab, nos anos 5672-76, convidando todos a participar deste empreendimento alguns dias antes de Yud Shevat, Yahrtzeit do Rebe anterior; instrui a que se publique uma compilação de temas de Chassidut e Torá, em geral, de acordo com a interpretação contida nas obras impressas do Tsemach Tsedek, que chama-se "Sêfer HaLikutim – Dach, Tsemach Tsedek"; envia emissários adicionais a Tsfat; funda uma Yeshivá Superior em Caracas, Venezuela; sugere que se reúna as crianças nos dias de Shavuot [de 8 a 12 de Sivan]; incentiva que cada menino e menina tenha seu próprio Sidur e uma caixinha de tsedacá.
5738 (1978): Renova a prática de dar Maot Chitim* aos necessitados antes de Rosh Hashaná, as refeições antes e depois de Yom Kipur, Sucot, Shemini Atseret e Simchat Torá, no espírito de (Nechemia 8:10): "Comam alimentos deliciosos e bebam bebidas doces; enviem presentes [alimentos] para aqueles que nada têm preparado"; incentiva a alegria de Sucot com grande ênfase; conclama a que cada comunidade estabeleça uma institução de Torá e tefilá, e onde já existem, inaugurem outras; intensifica a luta contra a devolução dos territórios libertados durante a Guerra dos Seis Dias e contra o trágico Acordo de Camp David; renova o costume de exortações morais durante Minchá em dias de jejum; em relação a 24 de Tevêt (aniversário da Ascensão da Alma do Alter Rebe), enfatiza que, nesse dia, se estudem mishnaiot (que começam com o nome do Alter Rebe) e seus ensinamentos; declara-se contra o estudo do [idioma] árabe nas escolas de Israel; funda a Yeshivá Superior Or-Elchanán Chabad, Los Angeles, Califórnia; envia mais emissários a Jerusalém e Tsfat; funda um instituto para preparar os maamarim dos Rebes para sua publicação; incentiva a fundação de um Fundo de Empréstimos [sem juros] em cada escola; declara que é conveniente realizar os tratamentos médicos antes dos três dias prévios ao Shabat; apóia a elevação dos salários dos professores na Yeshivá; conclama a restauração da Sinagoga do Tsemach Tsedek na cidade santa de Tsfat; instrui que se imprima o Tanya em cada país do mundo.
5739 (1979): Sugere a fundação de um Conselho de Mulheres para incentivar o cumprimento de taharat hamishpachá; se empenha em salvar crianças e jovens judeus do lrã e sua absorção nos países livres; instrui que não se desperdice dinheiro em viagens a festas de parentes, etc.; funda um Kolel em Melbourne, Austrália; proclama que se intensifique o estudo da Torá e os donativos para tsedacá como preparação para o dia da Outorga da Torá, Shavuot; reparte sidurim e dinheiro para a tsedacá a meninos e meninas judeus; pede aos psiquiatras que se aperfeiçoem nos tratamentos que empregam a Meditação (e que esta seja de um modo permitido pela Torá) com o que ajudarão a milhares de judeus que precisam deste tipo de "remédio" [contra stress, etc.] (e que, até o momento, erram por caminhos alheios ao judaísmo, o que implica, inclusive, em práticas de idolatria, e que, ao saber que existe este tratamento de uma forma casher, certamente o procurariam, com estes médicos ou profissionais).
5740 (1980): Anuncia a campanha de "...fazer retornar os corações dos pais através dos filhos"; funda a Yeshivá Superior em Buenos Aires, Argentina; pede que em cada lugar do mundo se organizem desfiles ou passeatas de Lag Baômer; conclama todos os meninos e meninas, inclusive os bebês, etc. [levados pelos pais] a presenciarem a leitura dos Dez Mandamentos na Sinagoga em Shavuot; lança uma proclamação exortando sobre a mitsvá de "frutificai-vos e multiplicai-vos" [contra o planejamento familiar]; incentiva a fundação de Kolelim para idosos, homens e mulheres, assim como para jovens, a chamar-se "Kolel Tiferet Levi Yitschac", o primeiro, e "Kolel Tiferet Chochmat Nashim", o segundo; e o dos jovens — "Kolel Tiferet Bachurim"; propõe reuniões periódicas de meninos e meninas menores de Bar e Bat Mitsvá.
5741 (1981): Enfatiza que este é um Ano de Hak'hel — "Reúna homens, mulheres e às crianças... para cumprirem todas as palavras desta Torá" (Devarim 31:12); entusiasma todos os meninos e meninas a participarem do Tsivot Hashem ("Exército de D'us") com o lema "We want Moshiach NOW!" (“Queremos Mashiach AGORA!”); incentiva a celebração de Simchat Beit HaShoevá em Sucot; publica índices remissivos para as obras chassídicas do Alter Rebe e demais Rebes; funda uma Yeshivá Superior em Casablanca, Marrocos; funda um Kolel em Montreal, Canadá; elabora o "Sêder (Ordem) para Bircat Hachamá – segundo o costume Chabad"; chama cada criança menor de Bar/Bat Mitsvá a unir-se participando da compilação de um Sêfer Torá especial na Cidade Velha de Jerusalém; enfatiza o esforço particular de cada um necessário na campanha do Sêfer Torá para as crianças atrás da Cortina de Ferro (Rússia comunista), assim como a necessidade de introduzi-los ao Tsivot Hashem de qualquer maneira ali possível; quando se termina o primeiro Rolo desta Torá, no Kotel, se começa de imediato um segundo; se opõe vigorosamente àqueles que pretendem, D'us nos livre, negar assistência aos emigrantes, de trás da Cortina de Ferro, caso não emigrem para Israel.
5742 (1982): Conclama a que todos os judeus, homens e mulheres, reforcem uma "eterna e verdadeira união" com a compra de uma letra nos Sêfer Torá "gerais" a escrever-se para todos, cada um conforme seu costume (por exemplo: com a forma das letras Ashkenazi, Sefaradi, Yemenita, Arizal, etc.); instrui aos diretores da Yeshivá Tomchei Tmimim a iniciar de imediato a escritura de um Sêfer Torá para estudantes e patrocinadores da Yeshivá, e suas rspectivas famílias; o mesmo aos diretores das escolas Beit Rivka, para suas alunas, patrocinadores e familiares; enfatiza que esta mitsvá (escritura de um Rolo da Torá) é a última dos 613 Preceitos na Torá e alguns comentaristas a associam com o final do Exílio; incentiva a realização de esforços – totalmente fora do comum – pela "disseminação das fontes" do Chassidismo e a campanha (mivtsá) de Chanucá. Remarca que certos livros sacros indicam o ano de 5742 como um ano de "kets" (data propícia para o advento de Mashiach), e chama a atenção para a idéia popular de que as letras hebraicas "tav shin mem bet" (5742) formam as iniciais de Tehe Shnat Biat Mashiach – "Seja este o ano da vinda do Mashiach"; propõe a escritura de um Sêfer Torá especial para unir a todos os soldados das Forças de Defesa de Israel (Tsahal); ordena a impressão de uma edição especial do Tanya que incluirá, como apêndice, cópias dos frontispícios de todas as edições do Tanya publicadas até então; chama a atenção para a necessidade de levar a "Operação Paz para a Galiléia" a rápido término, impedindo, assim, que haja mais fatalidades de ambos lados.
5743 (1983): Proclama, no início do ano, que este ano é o centenário da Ascensão da Alma do Rebe Maharash, que personificava o conceito de lechat'chila ariber ("desde o princípio – trascendem-se todos os obstáculos e limitações"); conseqüentemente, todas as questões do ano devem estar permeadas com o espírito de lechat'chila ariber; também declara que (o acróstico das letras deste ano forma) Tehe Shnat Gueulat (ou Guilúi) Mashiach – "Seja este o ano da RÉdenção (ou Revelação) do Mashiach"; sugere que se realizem reuniões (de homens e mulheres, em separado, e também de crianças) no começo do mês de Marcheshvan; propaga que todos os não-judeus,"filhos de Nôach", sejam influenciados a cumprir os "As Sete Leis de Nôach"; incentiva a instauração de um "momento de silêncio" no início do dia letivo, nas escolas diurnas, de modo que os jovens tomem consciência de que há um [D'us — um] "Olho que tudo vê e um Ouvido que tudo ouve"; nesse espírito sugere uma "Campaha de Petições" dirigida a funcionários (políticos) eleitos nos Estados Unidos a fim de que compreendam a importância de legislar assim; a petição deve urgir, também, um subsídio para as escolas religiosas.
5744 (1984): Declara, no início do ano, que (o acróstico das letras deste ano forma): Tehe Shnat Divrei Mashiach – "Seja este o ano em que se escutem as palavras de Mashiach"; incentiva que cada um aproveite o tempo anterior às Hakafot (de Simchat Torá) para serem abençoados com as palavras de Bircat Cohanim, e, como continuação (no farbrenguen de Shabat Nôach), entrega a cada cohen uma garrafa de vodka. Conclama a todos – em vista da estremecida situação mundial – que façam orações e preces adicionais e sugere que todos os judeus digam, antes de Shacharit "Hareini mekabel..." ("Assumo cumprir o Preceito Positivo de Amarás a teu próximo como a ti mesmo") e que logo após as três orações diárias se recite o versículo "Ach tsadikim..."; salienta que as crianças, ao brincar, devem ficar em contato apenas com jogos e brinquedos que tenham figuras [de animais, aves e peixes] casher – e não com animais não-casher; também que as ilustrações de livros para crianças sejam só de animais casher; funda uma Yeshivá Superior em Johannesburgo, África do Sul; incentiva a impressão do livro Tanya em todas as cidades e povoados onde vivam judeus (onde não foi impresso ainda); declara que todos os judeus podem e devem exigir (por assim dizer) que D'us traga, de imediato, a verdadeira e completa rÉdenção através de nosso justo Mashiach; instrui que se reimprima o Likutei Torá com o acréscimo de uma grande quantidade de comentários e referências aos escritos dos demais Rebes, e que logo após a impressão se realize um farbrenguen chassídico; ordena a impressão de uma edição especial do Tanya que incluirá, como apêndice, cópias dos frontispícios de todas as edições do Tanya publicadas até o momento.
Sugere que cada um fixe um estudo de Torá diário no Código de Maimônides, Mishnê Torá – Yad HaChazacá, unindo assim a todos os judeus em um estudo que inclue em si toda a Torá; o ciclo de estudo será de uma das três formas: a) três capítulos diários, concluindo todo o Código em um ano, (de preferência deve-se celebrar a conclusão próximo ao dia de aniversário de Maimônides, 14 de Nissan que vem); b) aqueles que não conseguem estudar diariamente três capítulos por qualquer motivo, que estudem um capítulo por dia, concluindo o Código em três anos; c) aqueles que não podem estudar o Mishnê Torá (por qualquer motivo – inclusive por serem demasiados jovens, seja em idade ou conhecimento, etc.) que estudem o Sêfer Hamitsvot de Maimônides diariamente, e a mitsvá diária será paralela ao tema do ciclo de um ano; incentiva a publicação de referências ao Yad Hachazacá.
5745 (1985): Proclama que (o acróstico das letras deste ano forma): Hashaná Tehe Shnat Melech HaMashiach – "Este será o ano do Rei Mashiach"; instrui a que se realizem festejos públicos de conclusão (siumim) em todos os lugares onde se completou o estudo do Yad Hachazacá de Maimônides (no ciclo de estudo de três capítulos diários), e que de imediato se inicie o segundo ciclo de estudo diário; confere a sua Sinagoga de número 770, da Rua Eastern Parkway, o nome de Beit Agudat Chassidei Chabad, Ohel Yossef Yitschac – Lubavitch e instrui que com este mesmo nome deve-se denominar o edifício do colel adjacente; incentiva a instauração de um edifício especial para abrigar uma instituição de estudo de Torá em Israel, que se chamará "Ohel Yossef Yitschac — Lubavitch "; proclama a importância de inscrições de meninos e meninas judeus em acampamentos de verão no espírito da Torá (e desde então em várias outras ocasiões); e que depois dos meses de verão, sejam inscritos em escolas no mesmo espírito; sugere que em toda oportunidade em que se recita Tehilim, seja vinculado também com donativos para tsedacá [exceto Shabat e Yom Tov]. Sugere que mulheres e meninas, tanto judias como, lehavdil, não-judias, clamem pela imediata implementação de "um momento de silêncio".
5746 (1986): Conclama a difusão maciça de referências em livros de Torá sobre a obrigação de esperar, implorar e "exigir" a vinda de nosso justo Mashiach; essa difusão se efetuará da seguinte maneira: cada um enviará uma carta (citando os livros de Torá sobre Mashiach) a dez amigos judeus, pedindo a cada um deles que envie cópias da mesma a dez de seus amigos, etc.; enfatiza que se façam intensos esforços nestas três áreas gerais: 1) Atividades de Torá com idosos, 2) com crianças pequenas e 3) com todos os judeus de outras idades; que todos os relatórios sobre estes esforços sejam publicados (veja "Let There Be Light", Merkos L'inyoney Chinuch, N.Y., 1986).
Pede que se faça Batei Chabad onde ainda não houver um e que se amplie aqueles já existentes. Sugere esforços mais intensos na "disseminação das fontes (do Chassidismo)" através da publicação do Tanya em todas as localidades onde ainda não foi impresso; sugere que as celebrações públicas festivas de conclusão (siumim) do ciclo anual de estudo de Maimônides se dupliquem, em relação aos siumim do ano passado e que os discursos de Torá proferidos nos siumim sejam publicados; em 11 de Nissan começa a distribuir uma nota de um dólar para cada um [além de uma benção particular], e desde então procede desta forma a cada domingo; sugere que todas as filiais de Tsivot Hashem usem os dias de preparação para Shavuot (época da outorga de nossa Torá) para incrementar todos os aspectos de Torá e mitsvot, particularmente Ahavat Israel e Achdut (união de) Israel; incentiva a que todos os judeus, homens, mulheres e crianças – os dois primeiros separadamente – se reunam em um farbrenguen fraternal para ligar a todo o povo judeu por intermédio de Ahavat Israel e Achdut Israel; proclama que durante as "Três Semanas" (de luto pela destruição do Templo Sagrado de Jerusalém, desde 17 de Tamuz até 9 de Av) e, particularmente, na semana de Tishá Beav, se façam esforços adicionais no estudo de leis da Torá (especialmente aquelas relacionadas com o Bet Hamicdash) assim como dar mais caridade que de costume; estes esforços, conforme o versículo "Tsiyón será redimida mediante justiça (isto é, Torá) e seus retornantes através de caridade". Sugere: Para alunos de Yeshivá: provas periódicas para comprovar seu nível de estudo e conhecimento de Torá. Em geral: Que cada homem, mulher e criança judias cumpra a instrução da Mishná de "Faça para ti um Rav (isto é, tenha um mentor, um Rabino, guia, mashpia, mestre, etc.)", e que periódicamente dirija-se ao seu Rav para ser examinado a respeito de seu estudo da Torá, sua avodá, etc.; sendo que o ano seguinte – 5747 (1986-1987) – é um ano de shmitá, sugere que se difunda a disposição referente ao Pruzbul e sua realização antes de Rosh Hashaná do ano de shmitá, de preferência logo após Hatarat Nedarim; conclama a participação de todos em farbrenguens durante os auspiciosos dias de 15-18 de Elul, com especial ênfase no fortalecimento da fé na iminente chegada de Mashiach.
5747 (1987): Proclama, no começo do ano que (o acróstico das letras deste ano forma): Tehe Zo Shnat Mashiach – "Seja este o ano do Mashiach"; incentiva a fundação de Batei Chabad definidos como casas de Torá, Tefilá (preces) e guemilut chassadim (caridade, boas ações, mitsvot) – em cada localidade; lança uma "sugestão e pedido redobrado" para que cada um individualmente intensifique e expanda as três mencionadas atividades de Torá, Tefilá e guemilut chassadim em suas próprias casas – transformando, através disto, a sua casa, seu lar, em um Beit Chabad; lança mais uma "sugestão e pedido redobrado" a todas as crianças judias para que transformem seu próprio quarto — sua cama, sua mesa, etc. — numa "casa de Torá, Tefilá e guemilut chassadim"; estudando Torá diariamente no seu quarto, fazendo orações para D'us, colocando tsedacá na caixinha (exceto em shabat e Yom Tov) e que cada criança tenha seu próprio sidur, chumash (ou outro livro de Torá) e — lehavdil — sua própria caixinha de tsedacá; que se escreva na primeira folha ou contra-capa dos livros Lahashem Haarets Umeloá (ou Lamed he vav) — "O mundo e tudo que há nele pertence a D'us", e o nome da criança (se possível, também na caixinha de tsedacá).
Enfatiza que se esforcem para divulgar publicamente, onde quer que vivam judeus, o costume de pendurar um Shir Lamaalot na sala de partos; instrui que este costume seja implementado e que o Shir Lamaalot se pendure imediatamente com a chegada da parturiente ao hospital, durante o trabalho de parto e inclusive depois.
No dia 5 de Tevêt se manifesta publicamente, aos olhos de todas as nações – na Corte Federal [Supremo Tribunal] dos Estados Unidos – a vitória de Didán Natsach em relação aos livros e manuscritos dos Rebes que se encontram na Biblioteca de Lubavitch; funda um novo bairro de Chabad em Jerusalém, para imigrantes da União Soviética; recorda que o ano próximo – 5748 – é: um Ano de Hak'hel – Reunião do Povo Judeu – cujo significado é "para que ouçam... aprendam... e cumpram todas as palavras desta Torá... sempre......" b) Um Ano de Tissmach [alegre-se] (pelas iniciais das letras hebraicas que denominam o ano) motivo pelo qual deve-se incrementar a alegria e o serviço a D'us; sugere que o texto do pruzbul seja recitado também ao final do ano de shmitá.
5748 (1988): No começo do ano declara que (o acróstico das letras deste ano forma): Tehe Zu Shnat Cheirut Moshiach ("seja este o ano da – liberdade através de Mashiach"; conclama a que homens, mulheres e crianças participem ativamente das atividades do Ano de Hak'hel reunindo judeus de sua localidade e inspirando-os no espírito da Torá e Temor [respeito] a D'us; cada um deve informar mensalmente as atividades que fez (a uma central); enfatiza que um judeu religioso faça uso da palavra na Assembléia Geral das Nações Unidas, em nome da Torá de D'us, palavras do Criador do mundo, que constam em sua Torá; em cada uma das noites de Sucot incentiva a recordação de Simchat Beit HaShoevá — em cada noite, enfatizando especialmente este ano, a mitsvá de Hak'hel; destaca a mitsvá de Hak'hel e de alegria (Tissmach) para todo o ano; como completou-se 127 anos do nascimento do Rebe Rashab, sugere que se realizem farbrenguens e estudo de seus ensinamentos durante parte deste dia (20 de Marcheshvan); ao finalizar 20 de Marcheshvan, distribui a todos (inclusive meninos desde 12 anos e meninas desde 11 anos) o maamar Hechaltsú – 5659; em 25 de Cheshvan se reconfirma a sentença (depois de ser apelada) de Didán Natsach de forma pública aos olhos de todas as nações (na Corte Federal dos Estados Unidos), em relação aos livros e manuscritos dos Rebeim que pertencem à Biblioteca Lubavitch (e no dia 27 de Cheshvan se notifica que os livros podem ser devolvidos a seu local original); em 2 de Kislêv os livros são efetivamente devolvidos à Biblioteca Lubavitch, e de imediato ordena que se imprima o livro Derech Emuná e explica um trecho dele, no Shabat seguinte; em Rosh chodesh Kislêv distribui a cada sheliach/shelichá o seu maamar Veshavti beshalom el beit avi — 5738, junto com um dólar para tsedacá; sugere que cada menino acenda as velas de Chanucá junto a porta de seu quarto (seu "Bet Hamicdash" pessoal) e que todos cumpram o costume de dar "Chanucá-guelt" em cada um dos dias de Chanucá, duplicando-se ou triplicando-se a quantidade no dia da quarta ou quinta vela; como "difusão do milagre" (pirssumei nissa), fala publicamente cada dia sobre a Leitura da Torá correspondente – o Nasí que fez a oferenda nesse dia; sugere que em todo local que seja possível seja inaugurado um local público para o estudo da Torá, Tefilá e Tsedacá, ou onde já o fizeram, além dos livros essenciais acrescentem-se muitos outros, "Bait male sefarim", de todas as áreas da Torá; lança um chamado a Rabinos autores, e aos editores de sefarim, que façam o favor de enviar um exemplar como doação para a grande Biblioteca de Agudat Chassidei Chabad; também se pede de colecionadores que têm em seu poder livros especiais que não precisam para seu estudo, que os doem à mencionada biblioteca; se inclue neste pedido todo tipo de livros, mesmo aqueles que não concordam com a Torá; sugere que seria muito adequado instituir em todo lugar o costume de que em cada reunião de judeus haja a preocupação pelo bem-estar de mais outro judeu, começando com a mitsvá de tsedacá dando um a outro dinheiro para que este o entregue para a tsedacá; sugere a reunião de homens, mulheres e crianças no dia de Tu BiShevat para incrementar, cada vez mais, todas as questões de Torá e mitsvot, e em particular, aperfeiçoar mais a conduta seguindo nos caminhos do Rebe Yossef Yitschac (cujo Yahrtzeit ocorre em 10 de Shevat); em 22 de Shevat falece a Rebetsin HaTsidkanit Chaya Mushka, aleha hashalom; remarca que o preceito de consolar aos que guardam luto se inicia já no primeiro dia de shivá; lança o Fundo de Empréstimos [sem juros] "Keren Chamesh", conforme as iniciais da Rebetsin; sugere que seja acelerada a fundação de Instituições em seu nome; instrui que em 7 de Adar se realizem farbrenguens chassídicos em todo lugar possível; incentiva mulheres e meninas judias a se unirem de forma verdadeira e intensa para fortalecer o cumprimento da Torá e das mitsvot; ordena que para Purim se realizem farbrenguens grandes, com muito público; após o sheloshim da Rebetsin, começa a fazer farbrenguen a cada Shabat (e corrige as Sichot semanalmente); lança um chamado exortando que se difunda que no dia do aniversário de cada um se adicione mais em Torá, Tefilá e tsedacá, e, além disso, que cada um (homens, mulheres e crianças, desde a mais tenra idade) realize nesse dia uma reunião de alegria com seus familiares ou amigos; sugere que em 13 de Nissan (Yahrtzeit do Tsemach Tsedek) cada um fixe um tempo especial para estudar algo dos ensinamentos do Tsemach Tsedek e incrementar a quantia que dá para tsedacá; incentiva que o dia 14 de Nissan (aniversário de Maimônides) em todo lugar, seja intensificado em todas as áreas de Torá e judaísmo em geral, e em particular o estudo de suas obras, através de reuniões de Hak'hel, em todos os momentos possíveis; dirige a palavra publicamente em cada uma das noites de Pêssach, em termos compreensíveis também para as crianças; fenfatiza que, ao ser repetido seus ensinamentos chassídicos (nas sinagogas), se inclua (também) os do Alter Rebe; começa a explicar o primeiro versículo da Porção Semanal de acordo com o comentário de Rashi, em cada farbrenguen no Shabat (assim como a primeira mishná de Pirkei Avot nos Shabatot entre Pêssach e Rosh Hashaná) e os demais temas fixos, no espírito da instrução da Torá de que "todo ser vivente deve tomar consciência" [vehachai yiten el libo]; urge que cada um e uma) estude tudo de forma que "a Torá é sua profissão", b) "Conhece a D'us em todos teus caminhos"; sugere que nos dias de preparação para Shavuot se estude o maamar BaChodesh HaShlishi, do Torá Ór (parashat Yitró); sugere que as mulheres realizem um farbrenguen como preparação para Shavuot; lança um chamado para que cada um procure e seja ativo, na medida de suas possibilidades, no sentido de providenciar uma educação fiel a Torá para toda criança judia; sugere que se faça preparativos adequados – nos dias que antecedem 12 e 13 de Tamuz.
5749 (1989): Proclama que este ano é o "Ano da Construção" e o "Ano do Menino e da Menina"; também proclama que (o acróstico das letras deste ano forma): Hashaná Tehé Shnat Maasim Tovim ("Seja este o ano das boas ações") e Hashaná Tehé Shnat Mashiach Tová ("Seja este o ano bom do Mashiach"); indica – excepcionalmente – que nas eleições em Israel se vote por Agudat Israel; sugere que em 20 de Marcheshvan (aniversário do Rebe Rashab) cada um entre por um tempo breve na Yeshivá Tomchei Tmimim, estude Torá, reze ali, e dê tsedacá em benefício das instituções do homenageado; sugere que a partir de Rosh Chodesh Kislêv (até o fim do mês) cada dia seja incrementado o estudo dos ensinamentos dos Rebeim e sua difusão; conclama a organização de farbrenguens nas datas festivas chassídicas do mês de Kislêv (a partir de Yud Kislêv); sugere (em 19 de Kislêv) o estudo do HaYom Yom a cada dia; salienta a importância de se realizar um sium sobre as obras de Maimônides no dia de seu Yahrtzeit (em 20 de Tevêt); proclama que este é o ano quarenta desde a ascensão da alma do Rebe Yossef Yitschac, e que em seu Yahrtzeit se manifesta [revela-se]: o "coração para saber, olhos para ver, ouvidos para escutar" e que nesse momento "a pessoa alcança a comprensão de seu mestre"; em conexão com o primeiro Yahrtzeit da Rebetsin – em 22 de Shevat – sugere que se cumpra o dito "sua semente perdura com vida" (quando então também "ela está com vida"), ou seja, dando às meninas o seu nome e educando-as em seu espírito; sugere que ao estudar as parshiot desde Terumá até Ki Tissá, se estude também as explicações dos Sábios (no Talmud, etc.); declara que seja realizado um sium depois da conclusão de cada um dos livros de Mishnê Torá de Maimônides; aborda publicamente temas oportunos (em Pêssach e em Shavuot) antes da Tahaluchá, saída maciça de judeus aos diferentes bairros para alegrar festivamente outras sinagogas e comunidades; urge que em cada lugar se faça Kinussei Torá no dia seguinte ao Yom Tov – lsru Chag; instrui que os livros de Chassidut sejam impressos em letras de forma ["quadradas"] (inclusive aqueles que até agora se imprimiu em outros tipos de letras), e a mesma sugestão é formulada aos editores de livros hebraicos em geral; proclama que (o acróstico das letras do próximo ano, 5750, forma): Hashaná Tihié Shnat Nissim ("Este será um ano de milagres"); ao completar-se 200 anos desde o nascimento do Tsemach Tsedek, ordena que se imprima uma edição especial do Kitsurim VeHaorot LeTanya, e na noite anterior a Rosh Hashaná, o distribui entre homens, mulheres e crianças junto com um dólar para tsedacá.
5750 (1990): Realiza um farbrenguen no primeiro dia de Rosh Hashaná (Shabat); ordena imprimir uma edição especial, com capa colorida, do maamar Usheavtem do Tsemach Tsedek e reparte, a cada um, um envelope plástico (que contém: o maamar Usheavtem, do Tsemach Tsedek, um pedaço de bolo, sua Carta Pública de 6 de Tishrei, e um dólar para tsedacá); conclama a reunião de pessoas no dia de Shabat para o estudo da parashá da semana, inclusive algo dos ensinamentos do Tsemach Tsedek (do Or HaTorá) sobre a mesma; sugere que seja instituída pelo diretor de cada instituição educacional (pelo menos na véspera de Shabat) a distribuição entre os alunos e empregados da mesma algum dinheiro para ser dado para tsedacá, a fim de incentivar entre os alunos/as donativos para tsedacá; declara que as "revoltas" extremas que se dão em diversos países de porte do mundo, de maneira silenciosa, testemunham que nos encontramos nos últimos instantes da galut; ordena editar uma publicação especial referente ao "Congresso Internacional de Shluchim"; sugere que o tempo livre das escolas estatais (na metade do ano) seja aproveitado para incrementar o estudo da Torá e o cumprimento das mitsvot; na terça-feira, (que foi duplamente abençoada na Criação com "é bom") 19 de Tevêt, termina, de forma pública aos olhos de todas as nações na Corte Federal dos Estados Unidos, o julgamento de Didán Natsach a respeito dos livros e escritos dos Rebeim que se encontram na Biblioteca Lubavitch; começa a ampliação do edifício da Biblioteca de Agudat Chassidei Chabad; declara que, por ocasião dos quarenta anos de sua liderança (desde 5710 – 1950), sejam fundadas novas instituições em número de "40", e proclama que haverá uma contribução participativa por parte de Kupat Rabeinu para estas instituições, assim como para as já existentes, em número de quarenta; ordena que, em conexão com 10 de Shevat, quarenta anos, se complete a fundação de 1.000 instituções de Chabad no mundo; sugere a impressão de uma edição especial do Tanya (de tamanho maior) para celebrar os quarenta anos, e, em 10 de Shevat, a distribui juntamente com um dólar para tsedacá entre homens, mulheres e crianças; para o Yahrtzeit de 22 de Shevat, estipula a fundação de novas instituções educativas para meninas, assim como donativos para tsedacá em quantidades em múltiplos do valor numérico do nome da Rebetsin HaTsidkanit (470); sugere a realização de três farbrenguens em relação a Purim; ordena imprimir uma edição especial do Kuntrês Yud Alef Nissan (com capa colorida), que inclui o maamar Ki Yishalchá Binchaá – 5738, e o reparte, no magnífico dia de 11 de Nissan a homens, mulheres e crianças, junto com um dólar para tsedacá; para infundir maior bênção, segurança e confiança em todos os judeus, onde quer que se encontrem, lança uma chamada para que todos, homens, mulheres e crianças, incrementem o estudo da Torá, recitem como oração três capítulos dos Salmos, incluindo também o último, e dêem para tsedacá o valor de (duas ou) três refeições para sustentar aqueles que estudam Torá ou para instituções de Torá; enfatiza que cada um deve fazer o que estiver a seu alcance, em relação aos preparativos adequados, para que em cada lugar em que se encontram judeus, se celebre Lag Baômer com grande alegria, através de reuniões ou desfiles de crianças; salienta sobre a obrigação das mulheres em estudar Torá e transmití-la na educação das crianças; e a respeito do estudo das próprias mulheres, que se incrementem os cursos de Torá, começando por temas cujo estudo é mais fácil, como o Ein Yaacov; avisa que (o acróstico das letras do próximo ano, 5751, forma): Hashaná Tihié Shnat Ar'enu Niflaot ("Seja este o ano de mostrar-se maravilhas"); declara que mediante a mitsvá de tsedacá e o incremento da retidão e justiça no mundo, se acalmarão os tremores de terra no mundo; ordena cunhar medalhas especiais de prata como "recordação" do "Desfile de Lag Baômer de 5750", e os reparte durante o desfile (através dos monitores e dos "tanquistas") a homens, mulheres e crianças. (Estampada no verso da medalha: a frente da Sinagoga Lubavitch em Nova York – o 770 – . No reverso: uma fogueira de Lag Baômer, com a data em hebraico e inglês); lança uma proclamação sobre o que considera uma necessidade do momento: que além dos cursos pessoais de Torá que cada um já agendou para si, se procure em estabelecer cursos de Torá para ensinar aos outros — melhor ainda se forem formados grupos de dez, e quanto mais alunos, melhor. Agregar e enfatizar, além disso, que isto é válido para cada judeu, também mulheres e crianças, cada qual segundo sua capacidade.
5751 (1991) – Salienta que dêem a devida atenção e resolvam o problema que envolve mulheres e moças em viajar a sós em veículos dirigidos por homens (táxis); sugere certas soluções. Motsaei Shabat, 20 de Cheshvan, distribui o Kuntrês Ets Chayim para cada junto com um dólar para Tsedacá. Na noite de 25 de Cheshvan distribui o Maamar “Anochi Maguen Lach – 5678” para cada um, junto com um dólar para Tsedacá. Instrui a judeus e judias adquirir o hábito de fazer 100 berachot por dia. Em relação ao “Congresso Mundial de Sheluchim” sugere que se publique o “Sêfer Hasheluchim” no qual haverá a lista de nomes e fotos deles e de suas famílias; em 19 de Kislêv distribui uma nova edição ampliada do Tanya junto com um dólar para Tsedacá; na 3» noite de Chanucá distribui para cada um uma moeda especial de um dólar como Chanucá-guelt (em um plástico especial com a inscrição “Chanucá 5751”). Salienta que além de Chanucá-guelt também aumentem suas contribuições de Tsedacá para instituições ou para auxiliar indivíduos e que se dê tsedacá todos os dias do ano, exceto Shabat quando se deve no lugar da tsedacá dar alimento ou bebida para quem precisa ou uma boa palavra. Em relação ao dia 20 de Tevêt, dia do falecimento do Rambam, deve-se realizar farbrenguens chassídicos em todos os lugares; em 10 de Shevat distribui o Maamar Baruch Sheassa Nissim – 5664, junto com um dólar para tsedacá. Incentiva a realização de Sedarim públicos nas duas noites de Pêssach. Na noite de 28 de Nissan anuncia que todo judeu, homens, mulheres e crianças, têm a responsabilidade de aumentar seus esforços para trazer Mashiach Tsidkenu na prática. Para efetuar a revelação e vinda de Mashiach imediatamente cada um deve aumentar o estudo da Torá sobre temas relacionados com Mashiach e Gueulá – melhor se o estudo ocorrer em grupos entre 10 ou mais participantes. E mais, e isto é o mais importante, e óbvio: incrementar o cumprimento das mitsvot com “hidur” (capricho), especialmente “hidur” na mitsvá de tsedacá que aproxima a gueulá. Tudo acima citado [não é apenas como um meio propício de apressar e aproximar a vinda de Mashiach como também], principalmente, começar a viver dentro do espírito de Mashiach e Gueulá. Em 15 de Iyar (taanit bahab) distribui para cada um, após Arvit, o “Dvar Malchut”, que foi impresso numa edição especial contendo quatro sichót do Rebe com suas explicações sobre Maimônides em Halachót Melachim (Hilchot Melech Hamashiach) — temas relacionados com a Gueulá, junto com um dólar para tsedacá. Em Lag Baômer distribui uma moeda especial (relacionada com 2 de Iyar), na qual estava gravado, de um lado “2 de Iyar – Tiferet Shebetiferet 5751” e a gravura do Centro Mundial de Chabat (Beit Agudat Chassidei Chabad) – 770; e do outro lado “Aniversário do Rebe Maharash N”E: 2 de Iyar de 5594 – 13 de Tishrei 5643” e, em volta, seu famoso provérbio “e eu digo Lekatchila Ariber” e também “Shnat Tsadik, Shnat Ar'enu Niflaót”. Urge fortalecer o costume de dizer Pirkei Avot durante os shabatot do verão (boreal) entre Pêssach e Rosh Hashaná e estudar, com profundidade (comentários, etc.) ao menos uma Mishná. Urge que cada um, que tenha a possibilidade e capacidade, que escreva e publique chidushei (novos comentários) de Torá, para “ampliá-la e torná-la majestosa”. No dia propício de 28 de Sivan – 50 anos da vinda do Rebe com sua esposa aos EUA, “o hemisfério inferior”, distribui para cada um o “Kovêts 28 de Sivan – 50 anos (jubileu)” que contém: 1) Significado do dia, descrição dos milagres da salvação 2) Shaar Torá, sichot e maamarim do Rebe relativos a este dia, etc, junto com um dólar para a tsedacá. Por estarmos próximos e ainda antes da Gueulá, baseados no ditado do Tsemach Tsedek “faça daqui a terra de Israel”, é necessário que cada um transforme sua “parte” do mundo (em termos de tempo e espaço) em “Terra de Israel”. Urge que cada um divulgue para si mesmo e para todos que precisamos acatar e aceitar as instruções e conselhos dos “juízes e conselheiros” da nossa geração: os rabinos, em geral e o líder de nossa geração o "juiz, conselheiro e profeta (e Rebe)" de nossa geração. O Rebe avisa que o acróstico do próximo ano é Hayo Tehe Shnat Niflaót Biná, Tehe Shnat Niflaót Ba (Bó, Bahem), Tehe Shnat Niflaót Bacol [Micol, Col — cujo valor numérico é 192 – Kabets (reunir – os Yehudim da Galut para a Gueulá)][=Ano de Maravilhas em Compreensão, Maravilhas em Tudo]. Deve-se divulgar em todo lugar que, além de todo lar judaico ser uma casa de Torá, Tefilá e Guemilut Chassadim (bondade) é preciso que seja semelhante a Yeshivá Tomchei Temimim, isto é, através do estudo da Chassidut.
5752 (1992) – Diante das novas descobertas e invenções da ciência, é necessário que a ordem do dia seja a ocupação em analisar e esclarecer como tudo isto enquadra-se nas halachot (leis) da Torá. Diante da necessidade premente de prepararmo-nos para a vinda de Mashiach, deve-se aumentar o capricho e cuidado em relação à Mitsvá de Kidush Levaná, na qual consta que “futuramente seremos renovados assim como ela [a lua, se renova constantemente]”, e isto vai trazer um aumento de saúde física – “e pediram por... David, seu rei”. Instrui que como introdução à “conquista da Terra do Keini, Knizi e Kadmoni” que ocorrerá, fisicamente, no futuro, é adequado que se estude sua contra-partida espiritual – trabalhar com os três mochin (intelecto) [Chochma, Bina e Daat = Chabad] – como consta nas explicações da Chassidut. Anuncia que hoje em dia já anularam-se todos os obstáculos e empecilhos etc, de modo que já existe não apenas a Metsiut (existência) de Mashiach como também a revelação de Mashiach, sendo que hoje só é preciso dar boas vindas à Mashiach, na prática. Em 20 de Cheshvan distribui para cada um o seu Maamar “Kuntrês Chaf Marcheshvan – 5752”, junto com um dólar para tsedacá. Em 27 de Cheshvan distribui para todos o “Kuntrês Sium Vehachnassat Sêfer Torá” (sobre a conclusão e introdução de um novo Sêfer Torá), junto com dois dólares para tsedacá e um pedaço de bolo, tudo isto relacionado com a conclusão do Sêfer Torá em mérito e para a elevação da alma da Rabanit Tsidkanit Chaya Mushka, N”E. Anuncia que já estamos numa situação em que basta abrir os olhos adequadamente e então enxergarmos que tudo já está pronto para a Gueulá. Por isso, o nosso trabalho, hoje em dia, é trazer a revelação de tudo isso na prática, no mundo. Em 17 de Kislêv – distribui para todos o “Kuntrês Drushei Chatuna – 5689” (relacionado com seu casamento, em 14 de Kislêv), junto com dois dólares para tsedacá. Instrui que é correto divulgar os milagres que acontecem consigo e com outros, ou seja, divulgar em todo lugar os milagres que D’us faz conosco, cientes de que isto está relacionado com a verdadeira e completa gueulá. No último dia de Chanucá, e depois à noite também, distribui para todos uma moeda especial de um dólar junto com uma nota de um dólar como Chanucá-guelt (num plástico especial com a inscrição “Chanucá 5752”). Declara que, a partir de Shabat Mevarechim Shevat, façam farbrenguens para apressar e trazer logo a Gueulá verdadeira e completa. Em relação a situação do Rebe anterior, na qual ele ficou impossibilitado de expressar-se através da fala, o Rebe enfatiza que seja estudado seus ensinamentos usando especificamente a fala e através disso preencher-se-á a lacuna causada à fala do líder de nossa geração. 10 de Shevat distribui a todos o “Kovêts Maamarim 5782”, junto com um dólar para tsedacá. Instrui, em relação a tefilá (oração) que seja acompanhada de canções (com música vocal). Enfatiza cessar e anular completamente todo e qualquer plano, iniciativa ou discurso sobre a entrega de territórios na Terra de Israel que estão sob nosso poder, para outro povo, nem mesmo um palmo de terra, e sim proteger e resguardar a integridade da terra. Em 22 de Shevat – distribui para todos o “Kovêts 22 de Shevat 5752” junto com uma nota de cinco dólares para tsedacá e um bolo. Anuncia que nestes nossos dias cumpriu-se a profecia “e transformareis suas espadas em arados”. Salienta que cada um deve acrescentar em todos os assuntos relacionados com alegria, tanto pessoal quanto em relação ao próximo, e, acima de tudo, através do acréscimo no estudo da Torá e no cumprimento das mitsvot e até nos assuntos materiais. Em Purim Catan distribui para todos seu Maamar “Kuntrês Purim Catan – 5752” junto com um dólar para tsedacá e um pedaço de bolo. Anuncia que nestes nossos dias cumpriu-se o Kibuts Galuiot, a reunião das diásporas, quando Yehudim de vários países juntam-se, dos confins da Terra, e vão para a Terra Sagrada. Incentiva a união do povo de Israel e da importância de doações para tsedacá de modo que “tudo que a pessoa tem dará (para tsedacá) a fim de (retificar) sua alma”.
Motsae Shabat, no Sábado à noite, Parashat Chukat, 3 de Talmuz 5754, cerca de dez minutos antes das duas após a meia-noite, sua alma ascendeu. Encontra-se, adjacente a seu sogro, o Rebe Anterior, enterrado em Nova York.
Sua esposa: A Rebetsin HaTsidkanit Chaya Mushka aleha hashalom, de bendita memória. Nasceu em Shabat, 25 de Adar de 5661 (1901), na cidade de Lubavitch. No ano de 5687 (1927, quando seu pai, o Rebe Yossef Yitschac, foi preso) viajou com ele de Leningrado a Kostrama. Foi a primeira a transmitir telefonicamente a notícia da salvação do Rebe de Kostrama para a casa paterna. Nela se cumpriu, durante toda sua vida, o versículo que diz: "a glória da filha do rei está em seu interior". Em seus últimos anos se dedicou à mivtsá de Nerot Shabat Codesh (Neshek), e também foi intensamente ativa no Ten Yad LeHachnassat Calá (instituição de ajuda às noivas); faleceu quarta-feira, 22 de Shevat, Parashat Mishpatim, no ano de 5748 (1988), e foi enterrada no Cemitério de Chabad em Nova York.
Seu pai: HaRav HaGaón HaRav HaChassid HaMefurssám*, HaMecubál** Rav Levi Yitschac. Nasceu em Podobranca em 18 de Nissan, de 5639 (1878). Casou-se com a Rebetsin Chana em 13 de Sivan de 5660 (1900). Desde 5669 (1909) foi Rabino-chefe em Yekaterinoslav, Ucrânia, durante trinta anos. "Se entregou ao estudo da Torá (tanto niglé como Chassidut) e às suas mitsvot, e à promoção da observância comunitária de Torá e mitsvot, e em 5699 (1939) foi preso e exilado para o Casaquistão — motivo pelo qual sofreu imenso padecimento, até o ponto de entregar literalmente sua vida em Menachem Av, 20, 5704 (1944)– ascendendo sua alma ao céu enquanto estava no exílio ." Está enterrado em Alma-ata.
O pai de Rav Levi Yitschac foi HaRav HaChassid Rabi Baruch Shneur; seu pai foi HaRav HaGaón Rav Levi Yitschac, Rabino de Podobranka e de Beshenkowits; seu pai foi Kvod Kedushat HaRav HaKadosh HaRav HaChassid Rabi Baruch Shalom, primogênito do Rebe "Tsemach Tsedek".
Suas obras (publicadas): Hearot LeSêfer Há Tanya; Likutei Levi Yitschac — Hearot LeSêfer HaZohar, Bereshit, vol. 1; Shemot-Devarim, vol. 2; Likutim al Tanach umaamarei Chazal, vol. 3; Torat Levi Yitschac — Chidushim ubiurim leShas, Mishná uGmará, vol. 4; Chidushin ubiurim lemassechet Guitin im hossafot.
Sua mãe: Rebetsin Chana, nasceu em Romanovka em 28 de Tevet, 5640 (1879). Já na sua infância reconhecia-se suas habilidades e delicadeza especiais. Extremamente inteligente, esforçou-se e ocupou-se em auxiliar seu esposo que trabalhava com auto-sacrificio pela manutenção e divulgação de Torá e mitsvot. Em 5699 (1939) quando seu esposo foi preso, uniu-se a ele no seu exílio com auto-sacrifício e o auxiliou, produzindo tinta apartir de ervas que colhia para que ele pudesse registrar sobre seus livros, seus extraordinários chidushim (que trinta anos depois foram publicados com o nome de Likutei Levi Yitschac e Torat Levi Yitschac). Em 5707 (1947) saiu da Rússia comunista para Paris (trazendo consigo manuscritos de seu marido) e de lá viajou com seu filho — o Rebe (que veio especialmente para encontrar-se com ela) — para Nova York. Durante dezessete anos que viveu em Nova York muitos vinham desfrutar de seus conselhos e orientações, receber seu apoio e benção. Empenhou-se muito nas três mitsvot femininas ligadas ao seu nome Cha[lá — cashrut], N[idá — pureza familiar] e Ha[dlacá — velas de Shabat e Yom Tov]. Em Shabat, no dia 6 de Tishrei, no fim da tarde [minchá] de 5725 (1964), faleceu e está enterrada em Nova York.
Seu pai foi HaRav HaGaón HaRav HaChassid Rabi Meir Shlomo HaLevi Yanovsky, Rabino de Nikolayev; seu pai foi HaRav HaGaón HaRav HaChassid Rabi Israel Leib Yanovsky, e sua mãe foi Rebetsin Beila Rivká – filha de HaRav HaGaón HaRav HaChassid Rav Avraham David Lavut, Rabino de Nikolayev e autor de Shaar HaKolel, Kav Naki e outras obras. Sua mãe (a da Rebetsin Chana) foi a Rebetsin Rachel, filha de Rav Yitschac Poshnits, Rabino de Dobrinka.
Seus irmãos: 1) HaVatik VeChassid, lsh Yeré Elokím, Navón umaskil, Baal Midot, Dovber. Nasceu na cidade de Nikolayev. Viveu em Yekaterinoslav. Durante o Holocausto foi assassinado pelos nazistas enquanto se encontrava na cidade de lguern, próxima a lekaterinoslav.
2) HaVatik VeChassid, lsh Yeré Elokím, Navón umaskil, Baal Midot, Israel Arie Leib, de bendita memória. Nasceu em 16 de Sivan (?) do ano 5669 (1909), na cidade de Nikolayev. Permaneceu certo tempo em Leningrado. Foi muito querido pelo Rebe Yossef Yitschac – que mostrava para ele especial afeto – e também foi querido pelos Chassidim, que o rodeavam e incitavam com questões de halachá e Chassidut. Muitas perguntas foram encaminhadas a ele. No ano de 5692 (1932) abandonou a Unão Soviética e se estabeleceu na Europa (Berlim). Logo após foi a Êrets Israel, onde se casou. Durante seus últimos anos permaneceu na cidade de Liverpool, Inglaterra. Faleceu prematuramente em 13 de lyar de 5712 (1952). Por pedido do Rebe, seu féretro foi trasladado a Êrets Israel e jaz na cidade santa de Tsfat.
Obras publicadas:
1) Kovêts "HaYom Yom". 2)Sêfer Hamaamarim Bati LeGaní, 2 vol. 3)Sêfer Hamaamarim Melucat, 6 vol. 4) Kuntrês lnyaná shel Torat HaChassidut. 5) Likutei Sichot, 39 vol. 6) Sêfer HaSichot – 5748, 2 vol. 5749, 2 vol. 5750, 2 vol. 5751 2 vol. 5752, 2 vol. 7) Hagadá shel Pêssach – Im Likutéi Taamim umecorot. 5) lgrot Kodesh, 28 vol. 9) Chidushim ubiurim Bashas, 3 vol. 10) Kuntrês Hadrán al HaRambam (5735). 11) Chidushim ubiuim LeHilchot Beit HaBechirá LeHaRambam. 12) Torat Menachem – Tiferet Levi Yitschac (al Zohar – Bereshit). 13) Teshuvot ubiurim (em Kovêts Lubavitch). 14) Hearot al HaTsemach Tsedek, Derech Mitsvotecha, Kitsurim VeHearot laTanya, Kuntrês Umaayán, Torat Shalom – Sêfer HaSichot). 15) Sêfer HaToldot – Admur Maharash. 16) Hearot umar'e Mekomot BeKuntrêssei Kvod Kedushat Admur (Moharayats) Nishmato Éden, beLikutei Diburim Shelo, etc. 17) Maftêach Sifrei Maamarei udrushei – Admur (Moharashab) Nishmato Éden, Admur (Moharayats) Nishmato Éden. 18) Likutei Minhaguei Chabad (de Kuntrêsei Admur (Moharayats) Nishmato Éden. 19) Mafteach lnyanim LeSêfer (em ordem de aparição): HaTanya, Derech Chayim, Derech Mitsvotêcha, Shaarei Orá, Torá Or, Likutêi Torá. 20) Mafteach lnyanim LeMaamarei Kvod Kedushat Admur (Moharashab) Nishmato Éden, Kvod Kedushat Admur (Moharayats) Nishmato Éden. 21) HaRav Rabi Hilel Miparitch. 22) Biurím LePirush Rashi al HaTorá tanach, 3 vol. 23) Likut "Yud-dalet Kislêv 5739". 24) Seder Birkat HaChama – al pí Minhag Chabad. 25) Yagdil Torá (Jerusalém) "Teshuvot uBiurim" al Shulchán Aruch. 26)Migvaot Ashurenu. 27) Kuntrês "Mar'e Shiur BeLimud – Shiur Yomi BaRambam: a) Três Capítulos Diários (para um ano); b) Sêfer Hamitsvot. (para um ano); c) Um Capítulo por Dia (para três anos)". 28) Biurim LePirkêi Avot. 29) Sêfer HaShelichut. 30) Sêfer Maayanei HaYeshuá. 31)Yeyin Malchut, sobre o Rambam, 2 vol. 32) Sifrei Hamaamarim 5711-5721, 4 vol. 5730-5737, 5 vol. 5739-5748, 10 vol. 33) Sichot Codesh (sem correção do Rebe) 5710-5741 50 vol. 5742-5752 (pelo Vaad Hanachot HaTmimim. Sifrei Hitvaaduiot, pelo Vaad Hanachot BeLashón HaCodesh) 43 vol. 34) Sêfer Beinyanei Shiduchim venissuyin. 35) Compilados de Sichot e cartas: Kovêts Simchá uBitachón BaHashem; Shaarei Halacha uMin'hag, 4 vol.; Shaarei Gueulá, 2 vol.; Shaarei Emuná; Shaarei Tsedacá; Shaarei HaMoadim — Adar-Purim, 2 vol.; Shaarei HaMoadim —Sefirat HaÔmer. 36) Betsel HaChochmá. 37) Torat Menachem —Hadranim al HaRambam veShas 38) Kovêts 28 Sivan - Yovel Shana 39) Kovêts 13 Iyar - 40 Shana 40) Likutei Sichot - Biurim beLikutei Levi Yitschac al Igueret HaTeshuvá 41) Likutei Arachim — beShas ubeRambam 42) Kovêts Min'haguei Chabad - beinyanei herayon, leida, brit milá, etc. 43) Yom Malkenu (Inyanei Yom Huledet) 44) Kuntrês Sium Vehachnassat Sêfer Torá 45) Kovêts 22 Shevat (5752) 46) Biurim beZain Torot haBesht began Éden 47) HaMelech Bimsibo, 2 vol. 48) Yemei Bereshit 49) Torat Menachem — Hitvaaduyot 5710-11. 1 vol. 50) Torat Menachem — Igrot Melech , 2 vol. 51) Bineot Deshe 52) Hadranim al haShas, 2 vol. 53) Likutei Sichot Beinyanei Gueulá uMashiach, 5 vol. 54) Bessorat HaGueulá
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Preparativos
A primeiro de Sivan, o primeiro dia do terceiro mês após o Êxodus do Egito, os Filhos de Israel chegaram ao Deserto do Sinai e acamparam perto da montanha.
Durante as poucas semanas de viagem no deserto sob a proteção Divina, com milagres diários, tais como o maná e a codorna, o miraculoso adoçamento da água, a derrota de Amalec e a travessia do Mar Vermelho, o povo judeu havia se tornado mais e mais consciente de D'us.
A fé tornava-se mais intensa a cada dia, até que atingiram um padrão de santidade, solidariedade e unidade, jamais conseguido antes ou depois por qualquer outra nação.
Moshê ascendeu ao Monte Sinai, e D'us disse-lhe as seguintes palavras: "Assim dirás à casa de Yaacov, e dirás aos Filhos de Israel: 'Vocês viram aquilo que fiz aos egípcios, e como Eu os trouxe nas asas da águia, e os trouxe até a Mim. Agora, portanto, se ouvirem de fato Minha voz, e se mantiverem Minha aliança, então serão Meu tesouro dentre todos os povos; pois toda a terra é Minha; e serão para Mim um reino de sacerdotes, e uma nação sagrada.'"
Moshê voltou do Sinai e chamou os anciãos do povo e transmitiu-lhes todas estas palavras de D'us. Unanimemente, com uma voz e uma só mente, o povo respondeu: "Naasê Venishmá" - "Tudo que D'us falou, assim o faremos."
Dessa forma, aceitaram totalmente a Torá, com todos seus preceitos, sem ao menos pedir uma enumeração detalhada das obrigações e deveres que nela estavam envolvidos.
Quando Israel havia se prontificado a receber a Torá, D'us falou novamente a Moshê: "Vá até o povo, e santifique-os hoje e amanhã, e deixe que lavem suas vestes, e estejam prontos no terceiro dia: pois no terceiro dia o Senhor virá à vista de todo o povo no Monte Sinai. Estabeleça limites para o povo, dizendo: Prestem atenção; não subam ao Monte, ou toquem sua borda, pois aquele que o fizer morrerá."
A Revelação no Sinai
A alvorada do terceiro dia trouxe trovões e relâmpagos que encheram o ar. Pesadas nuvens pairavam sobre a montanha, e os sons crescentes e constantes do shofar fizeram o povo estremecer com temor. Moshê levou os Filhos de Israel para fora do acampamento e colocou-os ao pé do Monte Sinai, que estava todo coberto por fumaça e trepidações, pois D'us tinha descido sobre ele, em fogo.
O toque do shofar intensificou-se, mas de repente todos os sons cessaram, e seguiu-se um silêncio absoluto; então D'us proclamou os Dez Mandamentos desta forma:
1 - "Eu sou o Senhor teu D'us, que te tirei da terra do Egito, da casa dos escravos.
2 - "Não terás outros deuses diante de Mim. Não farás para ti imagem de escultura, figura alguma do que há em cima, nos céus, e abaixo na terra, ou nas águas, abaixo da terra. Não te prostrarás diante deles, nem os servirá, pois sou o Eterno, teu D'us, D'us zeloso, que visita a iniqüidade dos pais aos filhos sobre terceiras e quartas gerações aos que me aborrecem; e mostrarei misericórdia até mil gerações daqueles que Me amam e guardam Meus mandamentos.
3 - "Não jurarás em nome do Eterno, teu D'us, em vão; porque não livrará o Eterno ao que jurar Seu nome em vão.
4 - "Lembra-te do dia de Shabat para santificá-lo. Seis dias trabalharás, e farás toda tua obra. E o sétimo é o Shabat do Eterno, teu D'us, e não farás nenhuma obra, tu, teu filho, tua filha, teu servo, tua serva, teu animal, e teu peregrino que estiver em tuas cidades; pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar, e tudo o que há neles, e repousou no sétimo dia; portanto, abençoou o Eterno o dia de Shabat e o santificou.
5 - "Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem teus dias sobre a terra que o Eterno, teu D'us, te dá.
6 - "Não matarás.
7 - "Não cometerás adultério.
8 - "Não furtarás.
9 - "Não levantarás falso testemunho contra teu próximo.
10 - "Não cobiçarás a casa de teu próximo; não cobiçarás a mulher de teu próximo, e seu servo, ou sua serva, e seu boi, e seu asno, e tudo que seja de teu próximo.
Moshê recebe a Torá
Todo o povo ouviu as palavras de D'us, e ficaram assustados.
Imploraram a Moshê para ser o intermediário entre D'us e eles, pois se o próprio D'us continuasse a dar-lhes toda a Torá, certamente morreriam. Moshê disse-lhes para não terem medo, pois D'us revelara-Se a eles para que O temessem e não pecassem.
Então D'us pediu a Moshê para subir a montanha; pois apenas ele era capaz de ficar na presença de D'us. Lá Moshê receberia as duas tábuas contendo os Dez Mandamentos e a Torá completa, para ensiná-los aos Filhos de Israel.
Moshê subiu a montanha e lá permaneceu por quarenta dias e quarenta noites, sem comer ou dormir, pois havia se tornado semelhante a um anjo. Durante este tempo, D'us revelou a Moshê toda a Torá, com todas suas leis e suas interpretações.
Finalmente, D'us deu a Moshê as duas Tábuas do Testemunho, feitas de pedra, contendo os Dez Mandamentos, escritos pelo próprio D'us.
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